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Fed se aproxima de redução de estímulos em novembro após payroll

Dados fracos de criação de emprego nos EUA não deve mudar o plano inicial do BC norte-americano

Fed se aproxima de redução de estímulos em novembro após payroll
FED (Foto: Andrew Hamik/ Associated Press)

O Federal Reserve pode começar a reduzir seu apoio à economia no mês que vem, apesar de uma forte desaceleração na criação de empregos nos Estados Unidos no mês passado, à medida que o recente aumento nos casos de covid-19 do país começa a recuar.

Embora os empregadores tenham criado apenas 194 mil empregos em setembro, mostrou um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA, as revisões para cima dos dados dos meses anteriores significam que a economia agora já recuperou metade do déficit de empregos que enfrentava em dezembro em relação aos níveis pré-pandemia.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse no mês passado que só precisava ver um relatório de empregos “decente” de setembro para começar a reduzir os estímulos em novembro.

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“Acho que (o dado) atende por pouco o critério de Powell de ‘decência'”, disse Scott Anderson, economista do Bank of the West. “Um anúncio de redução de estímulo em novembro ainda é o caminho mais provável para o Fed.”

Ainda assim, ele e outros disseram, não é certeza.

“O Fed esperava um número grande o suficiente para que sua decisão de começar a cortar estímulos fosse fácil”, disse Carl Tannenbaum, economista do Northern Trust. “Agora, as discussões em 2 e 3 de novembro podem ser mais difíceis; e o mercado terá que lidar com algumas incertezas adicionais.”

O Fed tem comprado 120 bilhões de dólares em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas todos os meses desde dezembro para conter as consequências econômicas da pandemia do coronavírus, e prometeu continuar fazendo isso até que houvesse “progresso adicional substancial” em direção às suas metas de inflação de 2% e pleno emprego.

Desde então, o aumento da demanda com a reabertura da economia elevou os preços. Os gargalos de oferta em curso parecem destinados a manter a inflação bem acima de 2% até o final do ano e em 2022, sugerem as previsões do Fed e outros.

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No mercado de trabalho, o rombo profundo provocado pelas paralisações da pandemia está sendo preenchido. Em dezembro, a economia dos EUA estava com cerca de 10 milhões de empregos a menos do que antes da pandemia; em setembro, mostra o relatório desta sexta-feira, a diferença caiu para cerca de 4,97 milhões.

Uma vez que as autoridades comecem a encerrar seu programa de compra de títulos, não fica claro com que rapidez elas vão aumentar os juros ante seu atual nível próximo de zero. Os operadores dos futuros de juros apostam que o Fed elevará os custos dos empréstimos até o final de 2022.