O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, diminuiu a projeção para o índice de maio, de 0,47% para 0,42%. Segundo Moreira, a revisão aconteceu devido a variações menos intensas nos grupos Alimentação e bebidas e Transportes na segunda quadrissemana de maio, que aceleraram de 0,79% para 0,82% e de 0,36% para 0,55%, respectivamente.
Nesta leitura, o índice cheio acelerou a 0,44%, ante 0,40% na primeira quadrissemana do mês. “Achávamos que alimentação viria mais forte. Nesta leitura, a inflação do grupo foi quase que inteiramente na conta de tomate (27,12% para 27,08%) e leite longa-vida (6,94% para 6,25%), que seguiram em alta mas abaixo do projetado”, explica Moreira.
Nos Transportes, Moreira destaca que, além da alta inferior ao esperado da gasolina (0,34% para 0,78%) nesta quadrissemana, os novos cortes anunciados pela Petrobras nos preços repassados às refinarias devem trazer alívio para as próximas leituras. “Boa parte do impacto da reoneração a partir de junho, que já estava na conta para a inflação do ano deve ser moderado agora com esses cortes. A projeção de 6,5% para o IPC-Fipe no ano deve ser revista para baixo em algum momento”, comenta o coordenador.
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Entre os destaque desta leitura do IPC-Fipe, Moreira ainda destaca a aceleração do grupo Vestuário (0,88% para 0,97%). “É um grupo que voltou a ter esse comportamento sazonal, com subida de preços na troca de estações. Esses itens ficaram praticamente dois anos sem variações fortes, por conta da pandemia e a redução da circulação das pessoas”.