A agência de classificação de risco Fitch mantém perspectiva estável para os bancos brasileiros em 2024. De acordo com a casa, o setor deve ter um desempenho estável no próximo ano, com uma contenção da inadimplência após 18 meses de redução de riscos e de concessão de crédito conservadora.
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“A maioria dos bancos conseguiu acumular reservas adicionais em 2023, e a Fitch espera que continuem acima dos índices mínimos regulatórios de capital, com uma geração adequada de rentabilidade“, afirma a agência, em relatório.
Por outro lado, a melhor qualidade dos ativos deve contrastar com lucros sob pressão. A Fitch afirma que a geração de crédito mais conservadora deve pressionar as margens dos bancos, que medem os ganhos com crédito e operações que rendem juros.
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De acordo com a agência, um dos principais riscos é o regulatório. A casa afirma que novas reduções da Selic, a taxa básica de juros do País, podem gerar pressão por novas reduções no teto de linhas de crédito tabeladas. Ao longo deste ano, essa pressão levou a uma redução nos juros do consignado para aposentados e pensionistas do INSS. Outro risco regulatório é o das discussões sobre os juros do rotativo do cartão de crédito.
“Os grandes bancos estarão melhor posicionados para absorver estas mudanças, mas a Fitch vê os bancos locais de nicho em uma posição relativamente mais fraca dados seus modelos de negócio menos diversificados”, escreve a agência.