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Fitch rebaixa classificação de risco de crédito da Azul (AZUL4); confira

A mudança feita pela agência reflete o risco de refinanciamento elevado da companhia aérea

Fitch rebaixa classificação de risco de crédito da Azul (AZUL4); confira
Azul (AZUL4). Imagem: Adobe Stock

A Fitch rebaixou o rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) de inadimplência de longo prazo em moeda estrangeira e local da companhia aérea Azul (AZUL4) de “B” para “CCC”. A mudança reflete o risco de refinanciamento elevado da companhia e o perfil de fluxo de caixa mais fraco desafiado pela depreciação do real brasileiro.

A Fitch avalia que a probabilidade de a empresa conseguir levantar o financiamento necessário para melhorar materialmente sua estrutura de capital e/ou seu perfil de fluxo de caixa neste momento foi reduzida, refletindo um risco de crédito mais compatível com uma classificação ‘CCC’.

“Chegar a uma solução está demorando mais do que a Fitch esperava inicialmente e menos amigável em termos de pacote de garantias e custos financeiros, o que leva ainda mais a uma estrutura de capital insustentável”, diz a agência de risco.

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A Fitch destaca que ventos contrários negativos enfrentados pela Azul relacionados à desvalorização do real, cerca de 10% de perda de receita em suas operações no Rio Grande do Sul e atraso no recebimento de novas aeronaves estão pressionando sua geração de fluxo de caixa operacional durante 2024.

“Isso combinado com os altos juros e pagamentos de aluguel e capex da Azul resulta em geração de fluxo de caixa livre negativo”, destacam os especialistas. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o segundo semestre do ano é estimado em torno de R$ 3,3 bilhões a R$ 3,6 bilhões e aluguel de arrendamento, juros e capex devem somar R$ 4,1 bilhões, segundo estimativa da Fitch.

Na última sexta-feira (20), a Moody’s também divulgou o rebaixamento do rating da Azul e alterou a perspectiva para negativa. Segundo a agência, a alteração reflete os resultados mais fracos que a empresa apresentou durante 2024 e a consequente queima de caixa, que aumentou os riscos de liquidez.