O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e agora espera crescimento de 1,2% neste ano, em seu relatório trimestral Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado na noite de hoje. Em sua última divulgação, em outubro, o organismo estava menos otimista e esperava 1,0%. Já para 2024 houve revisão para baixo na expectativa de alta do PIB brasileiro, de 1,9% a 1,5%.
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Apesar disso, o Brasil figura entre as projeções de crescimento mais tímidas entre os seus pares da América Latina e de mercados emergentes, perdendo apenas para a África do Sul no próximo ano. Por outro lado, em 2023, crescerá em linha com a estimativa média do FMI para economias desenvolvidas, conseguindo ficar à frente de países como Espanha, França e Itália.
O Brasil recebe poucas menções, no relatório do Fundo. É citado entre os países nos quais o núcleo da inflação está desacelerando, após a conclusão de ciclos de aperto monetário. Analistas privados, porém, acreditam que a taxa básica de juros (Selic) pode subir mais.
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“O núcleo da inflação está diminuindo em algumas economias que concluíram seu ciclo de aperto, como o Brasil”, diz o FMI, no relatório. O Fundo menciona também o fato de o apoio fiscal no Brasil ter sido “maior que o esperado”, o que ajuda a apoiar o crescimento regional. Outros países da região
Para a América Latina e o Caribe, o FMI projeta crescimento de 1,8% neste ano e de 2,1% em 2024. Na comparação com a expectativa registrada em outubro, houve alta de 0,1 ponto porcentual para este ano, mas corte de 0,3 ponto porcentual para 2024.
“A revisão reflete atualizações para o Brasil e para o México devido à resiliência inesperada da demanda doméstica, crescimento acima do esperado nas principais economias parceiras comerciais e, no Brasil, apoio fiscal acima do esperado”, afirma o FMI, em seu relatório trimestral.
Quanto a 2024, o Fundo diz que a revisão de sua projeção tem como pano de fundo “condições financeiras mais apertadas”, preços mais baixos das commodities exportadas e revisões para baixo no crescimento de parceiros comerciais.
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