Luis Stuhlberger, responsável pelo fundo multimercado Verde Asset Menagement (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO)
Os últimos anos foram difíceis para a indústria de fundos multimercado, mas o famosoFundo Verde conseguiu rentabilidade acima do CDI e dos pares em 2022 (+15,92%), 2023 (+14,53%) e 2024 (12,07%). Neste ano, acumula ganhos de 6,27%. Segundo Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde e presidente executivo (CEO) e diretor de investimentos (CIO) da Verde Asset Management, a classe detratora do período foi a Bolsa brasileira, mas as perdas com essa alocação foram compensadas pela renda fixa, tanto local quanto internacional.
“O Fundo Verde rendeu acima do CDI nos últimos três anos e meio, conseguimos manter essa consistência de retorno. E 2023 e 2024 foram anos dificílimos, a indústria performou mal. Mas tivemos uma performance acima do CDI e do IHFA Anbima. Mesmo neste ano, com a indústria curiosamente indo bem, o fundo está no top tier, com nossa característica de fazer hedge (proteção) em situações arriscadas do mercado”, afirmou Stuhlberger, durante o evento anual do Fundo Verde, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (29), em São Paulo.
O destaque negativo da performance do Fundo Verde entre 2022 e 2025 foi a renda variável brasileira (-2,53% ao ano). Por outro lado, o gestor disse que as perdas foram “mais que compensadas” com as posições em bolsas no exterior (+0,45% ao ano) e, principalmente, renda fixa local (+0,75% ao ano) e internacional (3,37% ao ano). Stuhlberger menciona especificamente a posição tomada em juros nos Estados Unidos.
“No ano, começamos perdendo dinheiro com Bolsa brasileira de janeiro a abril, e depois virou o jogo, com destaque positivo em moedas, pois compramos dólar a R$ 5,15 e levamos até R$ 5,70”, diz o gestor. Ainda que as estratégias de câmbio, renda variável internacional e minério de ferro tenham apoiado os resultados positivos do Fundo Verde em 2024, Stuhlberger avalia que o ano “foi bom, mas não excepcional”, e que “gostaria de ter entregue um alfa maior”.