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Gestora vê cenário favorável para investimentos no mercado de crédito

Atualmente, a ARX Investimentos possui cerca de R$ 32 bilhões sob gestão

Gestora vê cenário favorável para investimentos no mercado de crédito
(Foto: Envato)

Após os eventos de Americanas (AMER3) e Light (LIGT3) no início de 2023, a ARX Investimentos avalia que não só o mercado de crédito está menos estressado – com retorno dos spreads (prêmio de risco) – como há um cenário favorável para investimentos no segmento. Para aproveitar o momento, a gestora está acompanhando oportunidades em papéis com rating AA e A.

Segundo Bernardo Teixeira, responsável pela área de relacionamento com investidores e distribuição da ARX, o estresse do mercado nos primeiros meses do ano passado provocou fortes resgates da indústria de fundos de crédito. O fluxo retornou a partir do segundo semestre, mas a captação foi principalmente para os ativos isentos, de modo direto, ou para os fundos em Certificado de Depósito Interbancário (CDI, uma taxa com lastro em operações realizadas entre instituições bancárias) nas gestoras de grandes bancos.

“Nas gestoras independentes, não tivemos uma reversão forte do fluxo, o que provoca um descompasso do nível de rating entre os ativos”, disse Teixeira durante participação no Smart Summit, evento promovido pela InvestSmart. “Os grandes bancos focam suas alocações em ativos de grandes AAA, que têm setores regulados e previsibilidade de geração de caixa maior. Então, desde 2023, o nível de spread dos ativos AAA, AA e A perderam a proximidade, com uma ‘boca de jacaré’ abrindo”, destaca.

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Teixeira diz que os spreads dos ativos AAA “fecharam” devido à demanda dos ativos, com alguns até negociando com taxas abaixo do que era visto pré-eventos Americanas e Light. Enquanto isso, ativos AA e A não vira retorno de fluxo, então os spreads não fecharam. “É onde enxergamos as oportunidades para 2024”, afirma o executivo, acrescentando que o ambiente macroeconômico está mais “controlado”, com ciclo de queda de inflação no Brasil e perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos.

“Antes as empresas estavam preocupadas com investimento, hoje estão preocupadas em gerar caixa e dividendo para seus acionistas. E isso passa pelo pagamento de despesas financeiras. Eu, como credor, estou num cenário mais favorável”, afirma o executivo. “Há prêmio de risco no crédito e estamos entrando em um ciclo bom onde empresas já reduziram suas despesas e estão desalavancando seus balanços. Tem ainda a ‘cereja do bolo’, que é a redução da taxa Selic, e a gente espera que não haja excessos da taxa indo a 3%, com bonança de liquidez.”

Assim, Teixeira afirma que a ARX está posicionada nessas segunda e terceira camadas de risco de crédito. Na fatia de ativos AAA, há posições em setores que não são regulados. Além disso, ele diz que a gestora “foge” de setores muito cíclicos e destaca que a avaliação sobre governança corporativa das empresas se tornou uma “régua” ainda maior para alocação de recursos.

Atualmente, a ARX Investimentos possui cerca de R$ 32 bilhões sob gestão, sendo R$ 16 bilhões na estratégia de crédito privado high grade (ativos de baixo risco, mas com baixo retorno).

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