A BB Asset anunciou na quarta-feira (24) o lançamento do BB ETF Índice Futuro de Dólar S&P/B3 Fundo de Índice. Negociado sob o ticker DOLA11, o novo ETF (Exchange Traded Fund) vai acompanhar a variação do dólar frente ao real.
Leia também
O produto busca refletir as oscilações e a rentabilidade do S&P/B3 Índice de Futuros de Taxa de Câmbio (SPBBUFT). Esse índice, lançado pela B3 em parceria com a S&P, mede o desempenho de uma carteira hipotética que investe em contrato futuro de dólar. Dessa forma, ele oferece uma maneira padronizada de monitorar e analisar o comportamento do mercado de futuros de câmbio.
O valor mínimo para investir no DOLA11 é de R$ 10 e sua taxa de administração corresponde a 0,40% ao ano. Segundo a BB Asset, o imposto do fundo será recolhido sobre eventual ganho de capital no momento da venda das cotas do ETF.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A gestora acredita que a opção pode atrair principalmente os investidores que têm algum objetivo de investimento que demande a exposição ao dólar. Isso inclui uma viagem ou estudo no exterior ou até mesmo a compra de equipamentos fora do País. O interesse pode ser ainda maior em meio à valorização da moeda americana. Só em 2024, a divisa acumula alta de 16,38%.
Na quarta-feira, o dólar terminou o pregão cotado a R$ 5,659 – nível mais alto em mais de vinte dias. A moeda estadunidense passa por um momento de valorização global ao longo desta semana. Em especial, quando comparada a outras divisas de mercados emergentes, como o Brasil, devido à queda nos preços das commodities.
Para Mário Perrone, Diretor Comercial e de Produtos da BB Asset, o lançamento do DOLA11 deve facilitar o investimento em dólar, eliminando a necessidade de abrir contas no exterior. “Esse ETF permite aos investidores diversificarem suas carteiras com exposição à variação cambial da moeda americana contra o real, contando com uma taxa de administração competitiva e negociação direta na Bolsa“, destaca.
O cenário de ETFs no Brasil
Os ETFs também são conhecidos como fundos de índice, pois acompanham o desempenho de um índice de referência internacional ou nacional, como o próprio Ibovespa. A variedade de estratégias oferecidas por esses produtos permite a realização de investimentos diversificados a partir de uma única aplicação. Com isso, o investidor tem acesso a uma cesta com vários ativos sem precisar comprar cada um separadamente, o que geraria mais custos.
No dia 15 de julho deste ano, o PIBB11, primeiro ETF lançado na B3, completou vinte anos. O fundo tem a sua valorização atrelada ao indicador Brasil 50 (IBrX-50), que apresenta o desempenho médio das cotações dos 50 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.
Publicidade
Em 2004, quando o PIBB11 começou a ser negociado, o mercado criado pelo novo produto fechou o ano com um valor de R$ 419 milhões em custódia e um volume médio de negociação de R$ 600 mil. Hoje, segundo dados da B3, a indústria de ETFs acumula mais de R$ 48 bilhões investidos, com um volume de negociação diário superior a 1,4 bilhão.
Na visão de Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, os fundos caíram no gosto dos brasileiros por serem uma forma prática de investimento, com baixo custo e com a liquidez de negociar um ativo em Bolsa. “Hoje, mais de meio milhão de pessoas já investem por meio do produto, que negocia cerca de R$ 1,6 bilhão por dia. O ETF de dólar é mais uma alternativa para esta classe de ativo e amplia as formas dos clientes acessarem o mercado de moedas”, reforça.