O Goldman Sachs espera que a Vale (VALE3) reporte resultados “fracos” neste primeiro trimestre do ano. “A empresa apresenta um início de ano fraco e, à medida que entramos na temporada de balanços, não acreditamos que os trimestres seguintes sejam um gatilho positivo para as ações”, afirmaram os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques.
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Os profissionais destacam, em relatório divulgado nesta segunda-feira (8), que o preço das ações da Vale caiu 24% no acumulado do ano, o que, na opinião da equipe, se deve a uma combinação da queda dos preços do minério de ferro (-30% no acumulado do ano) e do aumento do ruído político no Brasil.
Neste último fator, o Goldman cita as notícias sobre um acordo final com a Samarco, renovação da concessão ferroviária, suspensão da licença de operação de Onca Puma e fluxo de notícias sobre a sucessão do CEO.
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Com esse desempenho, os analistas preveem que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos primeiros três meses da Vale caia 50% na comparação trimestral, para US$ 3,4 bilhões (consenso de US$ 4,1 bilhões), prejudicado por preços mais baixos do minério de ferro e por produção e vendas sazonalmente mais fracas.
“Embora a visibilidade em torno do ruído político permaneça baixa, esperamos que a pressão sobre os preços do minério de ferro seja limitada a partir daqui”, disseram os profissionais.
Além disso, a equipe informa que continua esperando que o preço de referência do minério de ferro fique em média US$ 105 por tonelada durante o restante do ano.
Apesar da expectativa de um primeiro trimestre fraco, o banco reitera recomendação de compra para os papéis da mineradora, com preço-alvo de R$ 16, o que representa um potencial de valorização de 35,6% em relação ao último fechamento.
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