A redução de 8% que a Petrobras (PETR4) implementará no preço do diesel representa um desconto de 4% em relação à referência internacional, avalia o Goldman Sachs. Ainda assim, as margens dos produtos refinados produzidos pela estatal seguem em níveis “saudáveis”, na visão do banco.
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O Goldman aponta ainda que, atualmente, o crack spread do diesel da Petrobras está em US$ 34 por barril, acima dos US$ 23 por barril em 2019, para referência. O crack spread diz respeito ao diferencial entre o preço do petróleo bruto e os produtos dele extraídos.
Já a gasolina está 1% abaixo da referência internacional e possui crack spread de US$ 14 por barril, contra US$ 7 por barril na média de 2019.
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O Goldman Sachs destaca também que distribuidores de combustíveis poderiam tentar repetir a estratégia de obter maiores ganhos de estoque aumentando os níveis antes dos reajustes nas bombas. Isso porque os impostos sobre o diesel e a gasolina devem aumentar no próximo ano, segundo o banco. Contudo, o anúncio de hoje pode representar um obstáculo a essa estratégia, ponderam os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins.
A recomendação para as ações da Petrobras é de compra, com preços-alvo de R$ 45,10 para a ação ordinária e de R$ 41 para a preferencial, potenciais valorizações de 16,8% e 11,6% respectivamente, sobre os fechamentos de sexta (22).