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A opinião do Goldman Sachs sobre a saída de Prates da Petrobras (PETR4)

Analistas dizem acreditar que a mudança pode reacender preocupações relativas à possível intervenção política

A opinião do Goldman Sachs sobre a saída de Prates da Petrobras (PETR4)
Foto: GOLDMAN SACHS/DIVULGACAO

O Goldman Sachs considerou a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR4), anunciada na terça-feira (14), como negativa. Para o banco, o mercado via Prates como um bom conciliador entre os interesses dos investidores e dos governos.

Em relatório, os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins dizem acreditar que a mudança pode reacender preocupações relativas à possível intervenção política nas operações da empresa.

“Observamos que a liderança da Petrobras mudou várias vezes no passado devido a desentendimentos entre a gestão e o governo – levando subsequentemente a uma queda no preço das ações nos dias seguintes aos eventos”, lembram.

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No entanto, complementam, a Petrobras ainda viu uma alta contínua no preço de suas ações ao longo dos anos, o que atribuímos a fundamentos sólidos e governança melhorada como resultado da reestruturação iniciada em 2016.

“Acreditamos que será importante para os investidores monitorarem se algum aspecto da governança será alterado além do anúncio desta quarta-feira (15). As leis atuais e o estatuto da estatal em vigor tornariam desafiador para uma nova gestão alterar significativamente as políticas de alocação de capital e de precificação de combustíveis”, afirmam.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 48,30 e R$ 43,90 para as ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, o que representa um potencial de alta de 12,5% e 7,4% sobre o fechamento dos papéis no pregão de terça-feira (14).