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Goldman Sachs prevê aqueda de ações após transação entre Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3)

Segundo o banco, a transação proposta consolida a Minerva como o principal produtor de carne de bovino da América Latina

Goldman Sachs prevê aqueda de ações após transação entre Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3)

Há mérito estratégico na proposta de aquisição de alguns ativos da Marfrig (MRFG3) pela  Minerva Foods (BEEF3), pois consolidaria esta última como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo (4,4% de participação global), reforçando sua estratégia de diversificação. A opinião é do Goldman Sachs, que no entanto, disse estar surpreso com a magnitude do M&A.

“A transação proposta consolida a Minerva como o principal produtor de carne de bovino da América Latina, aumentando potencialmente o seu valor estratégico para os investidores centrados na segurança alimentar”, diz o banco americano.

“Acreditamos que parte da tese de investimento da Minerva é apoiada por seu pagamento de dividendos (payout), e esperamos uma reação negativa das ações à notícia”, completa.

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Com a proposta de aquisição, a capacidade de abate da Minerva aumentaria em 42% – incluindo Breeders & Packers Uruguay (BPU) -, através da incorporação de algumas unidades no Brasil (78% do total adquirido), Uruguai (16%) e Argentina (6%) e a sua capacidade de abate de ovinos aumentaria 33,8%. A Minerva concordou em pagar R$ 7,5 bilhões pelos ativos da Marfrig: R$ 1,5 bilhão na assinatura e R$ 6,0 bilhões no fechamento. Para referência, o valor de mercado da Marfrig é de R$ 4,4 bilhões.

De acordo com os registros da Minerva, os ativos adquiridos geraram R$ 18 bilhões em vendas e R$ 1,5 bilhão em Ebitda nos últimos 12 meses, equivalente a 53,9% do Ebitda autônomo e implicando em um valuation de 5,0 vezes o Ebtida dos últimos 12 meses. As ações da Minerva são negociadas a 5,1 vezes o Ebitda. No mais, a Marfrig informou que os ativos que está vendendo renderam R$ 15,6 bilhões em vendas e R$ 748 milhões em Ebitda em 2022.

“O preço de compra proposto moveria a alavancagem da Minerva para 3,3 vezes o Ebitda, antes do máximo de 2,5 vezes para um pagamento de 50%, o que poderia significar nenhum dividendo extra no quarto trimestre (e provavelmente um pagamento de 25% em 2024 ante nossa previsão de 50%)”, diz o Goldman Sachs.

Os principais riscos negativos para a visão de investimento da casa incluem: novos embargos de exportação, proibições e/ ou interrupções sanitárias; desaceleração potencial na demanda da China; outras atividades de M&A (após as aquisições de ALC e BPU); volatilidade cambial; volatilidade política e macro em curso na Argentina; e aumento da concorrência para as exportações de carne bovina.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações da Minerva, com preço-alvo de 12 meses de R$ 15,80 (45).

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