O analista Tito Labarta afirma que os dados do regulador apontam uma desaceleração dos volumes de crédito, com uma nova redução nos spreads (diferença entre custo de captação e juros cobrados dos empréstimos). Essas condições, segundo ele, podem impor um desafio aos bancos a menos que o crescimento do crédito acelere.
“Desta forma, continuamos a preferir bancos com horizontes de crescimento mais forte à medida que ganham mercado (Nubank) ou com melhores perfis de qualidade de ativos (Itaú e BB)”, escreve ele em relatório enviado a clientes.
De acordo com os dados do BC, o volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) teve um crescimento nominal de 7,1% em novembro na comparação com o mesmo período do ano passado, contra alta anual de 7,5% em outubro. A inadimplência teve alta de 0,4 ponto porcentual, para 3,4%, puxada pelo crédito para empresas, em que o indicador avançou 1,2 ponto em 12 meses, para 2,9%. Em pessoas físicas, o índice de atrasos caiu 0,1 ponto em um ano.