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Goldman Sachs avalia a queda de duas ações em 2024 como “exageradas”; veja quais

Segundo analista do banco, os papéis de ambas as empresas recuam mais de 30% no acumulado do ano

Goldman Sachs avalia a queda de duas ações em 2024 como “exageradas”; veja quais
(Foto: Envato Elements)

O Goldman Sachs acredita que as quedas das ações da Stone (STOC31) e do PagBank (PGS34; ex-PagSeguro) neste ano são exageradas. O banco americano afirma que a alta dos juros deve aumentar os custos de captação das companhias, mas que por outro lado, a substituição do débito pelo Pix em pagamentos presenciais pode ajudar na rentabilidade das empresas.

“Stone e PagBank caem 38% e 34% no acumulado do ano, respectivamente, significativamente mais que o Ibovespa (que cai 17% em dólares)”, afirma o analista Tito Labarta, em relatório enviado a clientes. “Embora parte do desempenho possa ser atribuído a um cenário pior devido aos juros mais altos, a reação parece exagerada.”

O Goldman afirma que o crescimento dos pagamentos com Pix iniciados pela captura de um QR Code são um bom sinal para as empresas de maquininhas. Essas transações podem ser processadas pelas credenciadoras, e com uma margem mais alta que as de cartões de débito, que parecem estar substituindo.

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Em operações com cartões, as maquininhas têm de pagar tarifas de intercâmbio aos emissores, além de arcar com os riscos de contestações, por exemplo. Nenhum desses custos existe nas operações com Pix. Por isso, mesmo que a comissão média cobrada na captura do Pix seja mais baixa, a rentabilidade líquida é maior que no cartão de débito.

Labarta afirma ainda que os spreads (diferença entre custos de captação e juros cobrados ao emprestar) nas operações de antecipação de recebíveis voltaram a subir. No ano passado, sob efeito do balcão de recebíveis, a queda dos spreads se intensificou, após anos de baixa devido ao aumento na competição do setor.

Além disso, de acordo com ele, não há nesse momento discussões para acabar com as vendas parceladas sem juros nos cartões de crédito, um dos mecanismos que estimula os comerciantes a adiantarem recebíveis. “Acreditamos que qualquer mudança no parcelado sem juros provavelmente será gradual, em um período longo de tempo, dada a prevalência do produto para os consumidores.”