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Goldman ajusta recomendação da Direcional (DIRR3) e Eztec (EZTC3)

O banco prevê aumento dos retornos da Direcional em direção a 14% e estabilidade dos ROEs da Eztec em 4%

Goldman ajusta recomendação da Direcional (DIRR3) e Eztec (EZTC3)
Goldman Sachs Foto: Brendan McDermid/REUTERS

O Goldman Sachs elevou a recomendação de Direcional (DIRR3), para compra e rebaixou a Eztec (EZTC3) para venda. A avaliação do banco é de que as ações da Direcional devem voltar a valorizar à medida que os retornos sobre o patrimônio (ROEs, na sigla em inglês) continuem crescendo em direção a máximos históricos (14%). Para Eztec o banco espera que os ROEs permaneçam estáveis sequencialmente em mínimos históricos de 4%.

“O ano de 2024 foi um ano em que as construtoras brasileiras superaram o desempenho do Ibovespa em vários graus, desde a Cyrela (CYRE3) (+54% acima do índice), na parte alta, até a MRV (MRVE3) (+6%), na parte baixa.

As vendas em geral continuaram a crescer, as margens brutas continuam a se recuperar, os balanços patrimoniais foram fortalecidos (como foi o caso da MRV e da Direcional, com as aquisições ocorridas em meados do ano) e, em relação à baixa renda, a perspectiva para o MCMV melhorou devido à maior disponibilidade de crédito”, pontua o analista Jorel Guilloty, em relatório.

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“Em uma base de 5 anos, as ações da Direcional são as de melhor desempenho em nossa cobertura de construtoras residenciais no Brasil, com alta de 150% contra o restante da cobertura, variando entre +46% (Cyrela) e -19% (MRV). Hoje, as ações são negociadas a 1,4 vezes o P/BV de 2024, quase um desvio padrão acima da média histórica, levando os investidores a acreditar que as ações da Direcional estão caras ou totalmente valorizadas. Acreditamos, no entanto, que as ações da companhia podem se reavaliar, dada a perspectiva de melhoria do ROE”, diz.

Sobre Eztec, o analista observa que os ROEs da empresa são os mais baixos da cobertura do Goldman Sachs. “Acreditamos que a tendência persistirá, impulsionada pelas margens brutas desafiadoras, que são menores em comparação com o histórico e que estão pesando sobre as margens líquidas, níveis de estoque crescentes, impulsionados tanto por residencial e comercial”, afirma Guillory.

Fatores estes que, segundo ele, estão pesando sobre o giro de ativos e uma e uma estratégia de balanço que favorece a compra de terrenos com dinheiro em vez de por meio de swaps como seus pares, o que está afetando a alavancagem financeira.

“Acreditamos que as expectativas consensuais de ROE de 9% em 2024 permanecem muito altas e esperamos um enfraquecimento das ações, uma vez que a empresa não consegue apresentar crescimento do ROE, ao contrário de seus pares. Onde poderíamos estar errados? Uma monetização mais rápida do que o esperado da Esther Tower ou do banco de terrenos poderia levar o giro de ativos e aumentar os ROEs, entre outros fatores”, completa.

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