O Goldman Sachs elevou a recomendação da Vale (VALE3) de neutro para compra, mencionando uma combinação de cinco ventos favoráveis que não ocorre desde 2014: mercado de minério de ferro equilibrado, que apoia preços de US$ 110 por tonelada para 2024; impulso operacional positivo (embora a um ritmo um pouco decepcionante); exposição de investidores relativamente baixa (principalmente investidores locais); valuation atraente; e expectativa de que a China continuará apoiando o preço do minério de ferro.
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“Vale é agora nosso nome preferido em LatAm Materials. Acreditamos que a história é muito atrativa agora para ser ignorada e que os investidores aumentarão lentamente a exposição ao nome, à medida que a confiança em torno do minério de ferro e o equilíbrio entre oferta e demanda em 2024 aumenta”, escrevem os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, em relatório enviado a clientes.
Os três afirmam que apesar do recente desempenho da Vale, que subiu 25,8% no mês passado, a recuperação atual é justificada. Além disso, o Goldman indica que o valuation da mineradora segue atrativo, ao ser negociada a um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 12% e a um múltiplo de 4,8 vezes o valor da empresa por Ebitda esperado para 2024, “mais barato entre os principais” pares.
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O banco também ajustou o preço-alvo do American Depositary Receipt a US$ 19,50 para os próximos 12 meses, o que corresponde a um potencial de valorização de 24,6% sobre o fechamento da véspera.
O principal risco negativo para a tese otimista do Goldman Sachs, segundo o banco, reside no potencial de que os preços do minério de ferro fiquem em patamares mais fracos do que o esperado em 2024, caso o apoio político da China a seu mercado imobiliário não seja tão forte.