A Hapvida (HAPV3) assinou um memorando de entendimentos (MoU) com a gestora de recursos Riza para o custeio de dois novos hospitais na modalidade Build to Suit (BTS, construção ou reforma de um imóvel conforme as necessidades do locatário). O valor total previsto na compra de terrenos e obras de construção é de até R$ 600 milhões.
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Segundo a companhia, os imóveis que serão adquiridos se encontram em fase final de negociação e são localizados nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP).
A transação prevê um montante inicial de R$ 300 milhões, utilizados para a aquisição dos terrenos. Posteriormente, a Riza captará um adicional de até R$ 300 milhões para o desenvolvimento integral das obras dos BTS.
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“A presente transação está em linha com a estratégia da empresa de buscar ser asset light, otimizando a alocação de capital para o negócio, o que possibilitará a aceleração de outros projetos assistenciais previstos no plano de investimentos (Capex) de 2024/2025”, explicou a Hapvida em comunicado ao mercado.
A Hapvida ainda prevê que a transação BTS tenha um cap rate de 9,5% ao ano até a sua conclusão, conforme o fluxo de desembolso da Riza. Posteriormente, a taxa será de 9,00% reajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O prazo de locação definido é de 20 anos, com opção de renovação por mais 20 anos. Também há opção de compra em períodos e condições pré-determinados.
Visão de analistas sobre investimento da Hapvida
O memorando de entendimentos firmado pela Hapvida com a gestora de recursos Riza foi considerado positivo pelo Citi numa primeira análise.
Segundo os analistas Leandro Bastos e Renan Prata, o acordo não apenas libera investimentos de curto prazo (abrindo espaço para diferentes oportunidades de alocação de capital que aumentem o valor), mas também para o desenvolvimento concreto de seus novos projetos hospitalares. Isso, segundo eles, deve ser crucial para aumentar a verticalização e acelerar o aumento de participação de mercado em duas regiões principais.
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“A cap rate (taxa de capitalização) de 9,0% (da operação) parece relativamente atraente nas atuais condições de mercado, considerando a operação de sale and leaseback (SLB, operação imobiliária) firmada com a família controladora em março de 2023 a uma cap rate de 8,5%, ao passo em que a segunda oferta mais alta foi de 9,75%”, escrevem.
O Citi tem recomendação de compra para as ações da Hapvida, com preço-alvo de R$ 6,00, o que representa um potencial de alta de 53,1% frente o fechamento de segunda-feira (22).
Já o Itaú BBA avalia a notícia como foco maior na verticalização das operações no Sudeste sem impactar o processo de desalavancagem no curto prazo.
O BBA tem recomendação outperform (equivalente à compra) para Hapvida e preço-alvo de R$ 6,5, um upside (potencial de valorização) de 65,8%, em relação ao fechamento da segunda-feira (22).
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*Com informações do Broadcast