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Ibovespa fecha quase estável em sessão com Petrobras em foco

Na máxima, chegou a recuperar o patamar dos 100 mil pontos, mas não teve forças para sustentar o desempenho

Ibovespa fecha quase estável em sessão com Petrobras em foco
Foto: REUTERS/ Amanda Perobelli

O Ibovespa fechou quase estável nesta segunda-feira, com Petrobras novamente ocupando o foco de atenções após troca do comando da estatal, enquanto a forte alta de bancos teve como contrapeso o declínio da Vale.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa registrou variação 0,03%, a 99.852,67 pontos, em sessão de ajustes técnicos, após ter atingido na semana passada mínimas desde novembro de 2020.

Na máxima da sessão, chegou a recuperar o patamar dos 100 mil pontos, mas não teve forças para sustentar o desempenho até o fechamento. No pior momento, caiu abaixo de 99 mil pontos.

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O volume financeiro somou 21,2 bilhões de reais, abaixo da média diária do mês (31,765 bilhões de reais), com o mercado acionário norte-americano fechado em razão de feriado.

Na visão do presidente-executivo da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez, o noticiário envolvendo Petrobras foi o principal destaque da sessão, marcada por menor liquidez e sem fluxos estrangeiros relevantes diante do feriado nos EUA.

A petrolífera de controle estatal divulgou ainda antes da abertura que José Mauro Coelho pedira demissão do cargo de presidente-executivo, após forte reação de Brasília ao reajuste dos preços do diesel e da gasolina anunciado na sexta-feira

Na sequência, com o mercado já aberto, a companhia anunciou que o diretor-executivo de exploração e produção, Fernando Borges, fora nomeado presidente interinamente.

Apesar da reação mais negativa no começo do pregão, quando as ações PN chegaram a cair cerca de 5%, Gonçalvez disse que a saída do presidente-executivo já estava precificada, e que o anúncio de um nome da empresa como substituto trouxe algum alívio.

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“É alguém que o mercado entende que conhece a companhia… Mas ainda há tensões envolvendo a empresa, essa mudança apenas adia as discussões”, ponderou.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN encerrou com acréscimo de 1,14%,a 27,62 reais, após apurar uma mínima em quase três meses no pior momento do dia. A melhora seguiu o anúncio de que o diretor-executivo de exploração e produção, Fernando Borges, ocupará o cargo interinamente. Apesar do respiro, as ações ainda contabilizam uma perda de cerca de 8% no mês. Investidores seguirão atentos aos próximos movimentos envolvendo a companhia, dado o receio com eventual interferência política.

ITAÚ UNIBANCO PN saltou 4,35% e BRADESCO PN avançou 2,65%, oferecendo suporte relevante para o Ibovespa, em sessão bastante positiva entre os grandes bancos. SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 2,13% e BANCO DO BRASIL ON fechou em alta de 0,76%.

– VALE ON caiu 2,47% após o preço do minério de ferro despencar na Ásia com o aumento dos temores sobre uma queda do consumo de aço na China. Os contratos futuros de minério de ferro em Dalian caíram 11%, no limite permitido pela bolsa para variação diária dos preços, enquanto os contratos de Cingapura recuaram até 8%. No pior momento, os papéis da companhia chegaram a perder 4%.

MAGAZINE LUIZA ON disparou 8,4%, experimentando um repique após tocar mais cedo mínima intradia desde fevereiro de 2018, a 2,32 reais. Ainda assim, as suas ações caminham para a pior performance trimestral desde o IPO, acumulando desde o começo de abril até o momento uma perda de mais de 60%. No setor, VIA ON avançou 2,26% e AMERICANAS ON desvalorizou-se 1,55% – ambas contabilizam declínios de cerca de 45% e 59% desde o começo de abril.

– WEG ON avançou 5,56%, a 24,10 reais, tendo de pano de fundo relatório de analistas do BTG Pactual que elevou a recomendação dos papéis para “compra”, com preço-alvo de 40 reais. Entre outros fatores, eles destacaram que a forte queda neste ano reduziu bastante o prêmio dos papéis em relação aos pares globais da companhia, que eles consideravam exagerado, oferecendo um ponto de entrada.

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– NATURA&CO ON recuou 7,61%, para 13,35 reais, mínima de fechamento desde setembro de 2018. A Jefferies cortou a recomendação dos papéis para “manter”, citando que a variabilidade de desempenho e as mudanças significativas de liderança reduziram a visibilidade e a confiança. O preço-alvo também foi reduzido de 20 para 16 reais. Eles acrescentaram que, na maioria de seus modelos de valuation, as ações parecem baratas, mas que eles têm dificuldade de avaliar as estimativas com convicção. No mês, a ação acumula uma queda ao redor de 19%.