

O Ibovespa futuro abriu esta segunda-feira (24) em alta de 0,24%, aos 129.490 pontos. As atenções do mercado estão em novas projeções para economia do boletim Focus e na temporada de balanços, com os resultados da Azul (AZUL4) divulgados esta manhã.
O sinal positivo predomina nas bolsas internacionais e a Bolsa de Paris é exceção. As demais na Europa sobem com a vitória da aliança conservadora na eleição para o Parlamento da Alemanha e após o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro acelerar para 2,5% em janeiro, confirmando estimativas.
Por aqui, o avanço em Nova York pode trazer impulso ao principal índice da B3 somado ao avanço do petróleo no exterior. O recuo do minério de ferro, na China, é contraponto.
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No exterior, a agenda econômica da semana traz apostas para os juros, nos Estados Unidos, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de janeiro e a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação, de fevereiro baliza as expectativas para o ciclo de alta da Selic.
- Confira aqui o calendário econômico completo das empresas
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Commodities: petróleo avança e minério recua
Entre as commodities hoje, o petróleo tem leve alta, abaixo de 0,10%, após queda de mais de 2% na sexta-feira (21), enquanto investidores seguem atentos à questão da Ucrânia. Já o minério de ferro fechou em queda de 0,77%, cotado a 832,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 114,79 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,20% no pré-mercado de Nova York, por volta das 9h10 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,68% no mesmo horário.
O que esperar para dólar e juros?
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem, depois de caírem por três sessões consecutivas. O dólar hoje opera em baixa ante euro e libra, revertendo movimento do fim da semana passada, enquanto investidores digerem o resultado da eleição na Alemanha e aguardam dados europeus e dos EUA.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar abriu em queda de 0,19%, a R$ 5,7195. Contabilizando alta de 0,60% na última semana e queda de 1,82% no mês, o desempenho dólar no Brasil ainda depende em boa medida de gatilhos do exterior, como a política monetária e comercial nos Estados Unidos.
O mercado de juros olha o Boletim Focus (veja abaixo) e fica na expectativa pela divulgação do IPCA-15 de fevereiro, na terça-feira. A alta das taxas de Treasuries pode pressionar a curva, após os juros terem fechado em queda na sexta-feira (21) por Treasuries, em meio ao temor de uma nova pandemia – entenda.
Temporada de balanços: Azul (AZUL4), Petrobras (PETR3; PETR4) e mais empresas
A Azul reportou um prejuízo líquido do período de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma reversão em relação ao lucro líquido de R$ 403,3 milhões na comparação com o mesmo período de 2023. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (24). As ações da Azul hoje devem ser destaque na Bolsa de Valores.
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Entre os demais balanços desta semana, estão: Alpargatas, Azul (AZUL4), Vibra Energia, MRV nesta segunda-feira, após o fechamento dos mercados; CBA, RD Saúde, Telefonica Brasil (Vivo), IRB Re na terça-feira; Rede D’Or, Ambev, Braskem, BRF, Cosan, Klabin, Marfrig, Petrobras (PETR3; PETR4), Ultrapar na quarta-feira; Copel, Embraer, Fleury, Localiza na quinta-feira – veja o calendário completo.
Boletim Focus traz nova escalada da inflação
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (24), as projeções para os principais indicadores da economia. Entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa Selic – veja mais aqui.
A mediana do IPCA para 2025 subiu de 5,60% para 5,65%, mantendo-se acima da meta (4,50%), segundo o relatório do BC. Em 2026, passou de 4,35% para 4,40%. Já em 2027, a mediana da inflação no Brasil permaneceu em 4,00% Nos cenários mais longos, passou de 3,80% para 3,79% em 2028.
Já as projeções do Boletim Focus para a Selic 2025 permaneceram em 15% e em 12,50% em 2026. Já em horizontes mais longos, permaneceram em 10,50% em 2027 e 10% em 2028.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Paula Dias, Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast