O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Adobe Stock)
OIbovespa futuro avança 0,17%, aos 161.880 pontos nesta segunda-feira (22). O mercado acompanha a arrecadação de impostos em novembro e a divulgação do boletim Focus em semana de IPCA-15 de dezembro — também chamado de prévia da inflação — e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
O avanço das commodities podem dar fôlego ao Índice Bovespa hoje em semana de liquidez reduzida pelo feriado de Natal, na quinta-feira (25). Na quarta-feira (24), os mercados fecham mais cedo. Hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,58%, enquanto o petróleoavança após nova apreensão de um petroleiro venezuelano pelos Estados Unidos.
Em meio a tensões geopolíticas globais, o ourosubiu acima da marca de US$ 4.450 por onça-troy e a prata rompeu o nível de US$ 69 a onça, ambos pela primeira vez na história – veja os detalhes aqui.
Em relação às bolsas de valores internacionais, os futuros de Nova York operam em alta modesta, enquanto nas bolsas europeias predomina o sinal negativo. No câmbio, o dólar hojetinha leve queda ante pares globais e avançava 0,19% ante o real, a R$ 5,54 na venda.
Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam nesta segunda-feira. O movimento também ocorre após rendimentos longos do Japão subirem para níveis recorde, com o juro JGB de 10 anos no maior nível em 26 anos seguindo decisão do BC do país de elevar taxas a 0,75%, o que costuma se refletir sobre outros rendimentos globais.
Ibovespa futuro: os destaques do mercado de ações nesta segunda-feira (22)
Focus reduz projeção do IPCA enquanto estimativa para Selic volta a subir
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (22), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic. A agenda da semana traz o IPCA-15, conhecido também como ‘prévia da inflação’.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,36% para 4,33%. A taxa está 0,17 ponto porcentual abaixo do teto da meta, de 4,50%. A projeção para o IPCA de 2026 caiu de 4,10% para 4,06%.
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2026 subiu de 12,13% para 12,25%, retomando a previsão de duas semanas atrás.
Os dados de arrecadação ficam no radar e podem provocar ajustes nos juros futuros. A estimativa é de saldo de R$ 224,2 bilhões em novembro (mediana), após R$ 261,908 bilhões em outubro, com destaque para o bom desempenho do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e das receitas previdenciárias.
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Também permanece no radar a notícia de que o julgamento de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pode limitar o porcentual de emendas de deputados em sete orçamentos estaduais. Na prática, o veredicto pode contrariar a crescente busca de deputados estaduais e distritais por maior controle sobre os respectivos orçamentos.
Além disso, o ministro do STF Flávio Dino indicou que, em 2026, a Corte deverá julgar a validade das emendas impositivas — aquelas que obrigam o governo federal a executar os recursos indicados por deputados e senadores.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Paula Dias e Luciana Xavier, do Broadcast