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Ibovespa futuro indica queda da Bolsa à espera do payroll nos EUA; IGP-DI também é destaque

Pressão externa pode contaminar o índice da B3 enquanto investidores aguardam dados americanos de emprego

Ibovespa futuro indica queda da Bolsa à espera do payroll nos EUA; IGP-DI também é destaque
O Ibovespa é o principal índice da B3. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O índice Ibovespa futuro abriu nesta sexta-feira (6) em queda de 0,27%, chegando aos 137.885 pontos. O recuo se dá com atenções voltadas ao tão esperado relatório do mercado de trabalho americano (payroll), que vai modular as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no próximo dia 18 e até dezembro.

A pressão externa pode contaminar os ativos locais do principal índice da B3 em meio ao fraco desempenho do minério de ferro – que fechou em queda de 0,07% em Dalian, após atingir a cotação mais baixa desde 2022 em Cingapura na quinta-feira (5), perto de US$ 90 a tonelada, devido a preocupações com a demanda da China. O petróleo, por sua vez, mostra avanço.

O Índice Bovespa ainda pode acompanhar as perdas em Nova York antes do payroll, após um leve ganho de 0,29%, aos 136.502,49 pontos no último pregão, acumulando avanço de 0,37% na semana e no mês e de 1,73% neste ano – veja aqui.

Payroll e juros americanos

Para o payroll, analistas consultados pelo Projeções Broadcast preveem criação de 165 mil vagas em agosto, na mediana das estimativas, que variam de 125 mil a 205 mil. A mediana para o salário médio por hora é de alta de 0,3% na comparação mensal e 3,7% na anual, enquanto para a taxa de desemprego a previsão é de queda para 4,2%.

Até aqui, a probabilidade de corte de 25 pontos-base supera a de 50 pontos-base nas apostas do mercado, mas se o payroll decepcionar, analistas afirmam que a tendência é que os preços de mercado mudem em favor de uma redução mais agressiva, para evitar uma desaceleração brusca da economia.

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Segundo analistas, um corte de juros em 50 pontos-base neste mês levaria o dólar a se desvalorizar contra outras moedas, beneficiando o real em cenário de apostas de aumento da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no próximo dia 18, apesar dos riscos fiscais internos.

Outros indicadores

Além do indicador americano, investidores acompanham o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice registrou alta de 0,12% em agosto, após uma elevação de 0,83% em julho. 

O resultado do indicador ficou acima da mediana positiva de 0,09% das estimativas encontrada na pesquisa feita pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de queda de 0,15% e alta de 0,20%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou variação positiva de 2,07% no ano. Em 12 meses, houve avanço acumulado de 4,23%.

Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.

*Com informações do Broadcast

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