OIbovespa futuro abriu esta quinta-feira (11) em queda de 0,17%, aos 144.130 pontos. As atenções do mercado estão neta final do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. No exterior, o mercado acompanha índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA.
Um tom levemente otimista abarca os mercados de ações do ocidente, com os futuros de Nova York em alta. Investidores reagem ao CPI de agosto (veja as projeções abaixo), após o Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano vir bem abaixo do esperado.
No entanto, o viés de alta dos índices de ações no exterior pode ser insuficiente para empolgar os ativos brasileiros, principalmente o Índice Bovespa. A desvalorização das commodities hoje pressiona o desempenho do índice, com o minério de ferro em baixa de 0,81%, e o petróleo recuando 0,65%.
Os mercados brasileiros iniciam a sessão desta quinta-feira avaliando as vendas do varejo, o CPI dos EUA e no aguardo da retomada do julgamento no STF, prevista para as 14 horas. No câmbio, odólar hoje opera em estabilidade ante o real, com leve alta de 0,06%, a R$ 5,4099.
Ibovespa futuro: veja os principais assuntos do mercado nesta quinta-feira (11)
CPI americano cresce acima das expectativas
O CPI dos Estados Unidos subiu 0,4% em agosto ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o CPI subiu 2,9% em agosto.
Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam para julho altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente. Em julho, o índice cheio do CPI teve alta de 0,2% na comparação mensal e acréscimo de 2,7% no confronto anual.
O dado CPI pode alterar as apostas de queda dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na semana que vem, mas pode provocar ajuste no ciclo total de cortes esperado até o final de 2025.
Varejo recua pelo 4º mês consecutivo em julho
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga as vendas do varejo ampliado. (Foto: Adobe Stock)
As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2024, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,0% em julho.
A queda de 0,3% nas vendas do varejo restrito em julho coincidiu com a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo das previsões variava de queda de 0,8% a alta de 0,5%. Já o varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, que teve alta de 1,3%, ficou acima da mediana, que era de alta de 0,8%. O intervalo das projeções era de qu4eda de 0,6% a alta de 2,5%.
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A economista do C6 Bank Claudia Moreno projetava o exato recuo de 0,3% no comércio restrito nesta leitura. Ela atribui o resultado ao peso da política monetária contracionista, que desaquece sobretudo o consumo de itens que demandam crédito, como móveis e eletrodomésticos.
“Temos visto um impacto mais claro da alta da Selic no varejo”, afirma ela.
Reta final do julgamento de Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus estão sendo julgados por tentativa de golpe de Estado. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quinta-feira (11), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, com votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, após a surpresa com o voto do ministro Luiz Fux ontem.
Espera-se hoje formar maioria para uma definição sobre condenações e absolvições, porém, o veredicto só sairá amanhã. A ministra Cármen Lúcia será a primeira a votar no dia e terá papel decisivo para o destino dos réus.
Na quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, terceiro a julgar o caso, levou mais de 11 horas para votar pela absolvição de Bolsonaro, o que causou surpresa nos colegas e advogados.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast