O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Adobe Stock)
Após abrir em alta, oIbovespa futuro inverteu sinal e agora recua 0,13%, aos 165.120 pontos nesta sexta-feira (5). As atenções do mercado estão na divulgação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) nos EUA, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro no Brasil e a estreia da “Nvidia (NVDC34) da China”.
O principal índice da B3 pode enfrentar uma realização de lucros neste pregão depois de bater ontem o terceiro recorde de fechamento, alcançando os 164 mil pontos. A desvalorização das commodities também deve impor cautela, com o minério de ferro em baixa de 1,01%, e o petróleo com recuo de 0,12%.
Por outro lado, o Índice Bovespa pode buscar novos picos em meio ao sinal positivo das bolsas de valores no exterior. O ímpeto de ativos ligados à Inteligência Artificial (IA), após a Moore Threads disparar mais de 400% em estreia na Bolsa de Xangai, anima os mercados.
No câmbio, o dólar hoje beira estabilidade ante pares principais, enquanto recua ante o real. Após a abertura, a moeda americana cedia 0,19%, a R$ 5,3005 na venda.
Ibovespa futuro: os destaques do mercado de ações nesta sexta-feira (5)
Estreia da ‘Nvidia da China’ chama atenção do mercado
A Bolsa de Xangai estreou, nesta sexta-feira (5), as ações da Moore Threads, fabricante chinesa de chips de Inteligência Artificial (IA) apontada como potencial rival da Nvidia (NVDC34). As ações da companhia chegaram a disparar 425% no primeiro pregão, o que lhe rendeu o apelido de “Nvidia da China”.
A Moore Threads, fundada em 2020 por um ex-executivo da Nvidia, fez uma estreia retumbante no pregão da bolsa de valores chinesa: após levantar mais de US$ 1 bilhão em sua oferta pública inicial (IPO), viu seu valor de mercado quadruplicar logo no primeiro dia de negociação. Leia todos os detalhes sobre a nova concorrente da Nvidia nesta reportagem.
PCE dos EUA antecipa apostas de juros do Fed
Dados de inflação Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) nos EUA ficam no foco em meio às expectativas para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana. O mercado está convencido de que o Fed seguirá em frente com um alívio de 25 pontos-base (87% na ferramenta FedWatch).
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, apontado como possível próximo presidente do Fed, afirmou que o Banco Central (BC) americano deveria cortar os juros em 25 pontos-base e que provavelmente o fará.
O que mais repercute no Ibovespa hoje
A alta dos rendimentos dos Treasuries(títulos públicos americanos) pode pressionar os juros futuros, que ontem caíram após o PIB do terceiro trimestre mais fraco, elevando as apostas de início dos cortes da Selic em janeiro.
Os investidores digerem o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro. Embora tenha subido a 0,01% após ter recuado 0,03% em outubro, acumulou queda de 0,44% no acumulado de 12 meses. Trata-se do primeiro declínio nessa base de comparação desde abril de 2024 (-2,32%).
Segundo o economista André Perfeito, o IGP-DI seria mais um bom indicador a sinalizar que os preços estão sob relativo controle e deveria influenciar as projeções de IPCA no Focus. “Contudo os receios do mercado com a eleição do ano que vem têm evitado uma melhora das expectativas”, avalia em nota.
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O Congresso aprovou ontem o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, com previsão de pagamento de emendas parlamentares. O texto também prevê contingenciamento mirando o limite inferior da meta de resultado primário, o que dá conforto ao governo.
Integrantes do governo veem com otimismo a possibilidade de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e o presidente dos EUA, Donald Trump, no início de 2026.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Maria Regina Silva, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast