Os principais assuntos do Ibovespa hoje. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (16) em estabilidade, com leve recuo de 0,04%, aos 145.640 pontos. As atenções do mercado estão no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), também chamado de prévia do PIB. No exterior, os desdobramentos da tensão comercial entre EUA e China continuam no radar.
Os índices de ações do Ocidente registram altas moderadas nesta manhã, com investidores aguardando falas de diretores do Fed, diante da perspectiva crescente de mais dois cortes de juros nos EUA ainda neste ano.
Ontem, o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugeriu que, embora o BC americano esteja cauteloso quanto ao que está por vir, a “névoa” de dados causada pela paralisação do governo provavelmente não o impedirá de flexibilizar novamente a política monetária em outubro, de acordo com o CIBC.
Além disso, a tensão comercial entre Estados Unidos e China continua no foco. Ontem, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o país está “em uma guerra comercial com a China”.
Nesse cenário, o principal índice da B3 pode acompanhar o tom positivo no exterior, embora persistam preocupações com o rumo das contas públicas, somado aos sinais divergentes das commodities hoje – o minério de ferro (-0,90%) e petróleo (+0,40%).
No câmbio, odólar hoje opera em baixa ante outras moedas de economias desenvolvidas, estendendo perdas recentes. Em relação ao real, a moeda americana opera em queda de 0,23%, a R$ 5,45 na venda.
Ibovespa futuro: os principais assuntos desta quinta-feira (16)
IBC-Br de agosto avança abaixo das projeções
IBC-br é o indicador do Banco Central conhecido como prévia do PIB. (Foto: Adobe Stock)
O IBC-Br, também chamado de prévia do PIB, total subiu 0,40% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O indiador do Banco Central veio abaixo da mediana de 0,70% das projeções do mercado, que iam de queda de 0,30% até alta de 1,10%. Na comparação anual, o IBC-Br avançou 0,12% em agosto ante o mesmo mês de 2024.
As preocupações com o rumo das contas públicas persistem no Brasil
Ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a decisão que definia o centro da meta fiscal como base para o contingenciamento. Além disso, seguem as incertezas sobre como o governo irá compensar a derrubada da Medida Provisória com alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou algumas propostas ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — entre elas, medidas que já constavam da MP, mas que podem ser reapresentadas na forma de projetos de lei.
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As atenções também continuam voltadas para o diálogo entre Brasil e EUA sobre o tarifaço. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reunirá na tarde de hoje com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Maria Regina Silva, Anna Scabello e Silvana Rocha, do Broadcast