

O Ibovespa futuro abriu esta segunda-feira (31) em queda de 0,51%, aos 132.045 pontos. As atenções do mercado estão em novas projeções para economia pelo boletim Focus e os desdobramentos da guerra comercial nos EUA – veja aqui a agenda completa da semana.
Os temores sob tarifas dos EUA eleva, mais uma vez, a aversão ao risco nas bolsas de valores internacionais, pressionando os mercados asiáticos, europeus e de Nova York, além dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) nesta segunda-feira.
Há expectativa pelas tarifas sobre bens de consumo importados pelos EUA, que entram em vigor na quarta-feira (2), chamado de “Liberation Day” (Dia da Libertação), em meio a receios de estagflação (estagnação econômica, ou até mesmo recessão) no país.
- Veja também: Recessão ou estagflação? Os riscos da economia nos EUA e o impacto para o mercado brasileiro
O temor externo, somado à valorização do dólar hoje frente a moedas emergentes ligadas a commodities, tendem a jogar o principal índice da B3 para baixo, junto aos juros futuros e o real. Nesta segunda-feira, o dólar abriu em leve alta de 0,09%, a R$ 5,7668.
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Em relação às commodities hoje, o petróleo opera em alta de cerca de 0,25%, enquanto o minério de ferro fechou em queda de 1,47% na China.
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Tarifas dos EUA: temor limita ânimo nas bolsas internacionais
Os temores de uma guerra comercial mais ampla elevam a aversão ao risco, pressionando as bolsas asiáticas, europeias e de Nova York, além dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense).
O debate gira em torno da possibilidade de tarifas de Donald Trump, presidente dos EUA, recíprocas individualizadas para parceiros comerciais ou de uma tarifa geral, com receios de estagflação (estagnação econômica, ou até mesmo recessão, mas com escalada de preços) no país.
Boletim Focus: o que esperar da inflação e dos juros?
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (31), as projeções para indicadores da economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic – veja detalhes aqui.
Segundo o relatório do BC, a mediana da inflação brasileira em 2025 permanece em 5,65%, mas ainda acima da meta (4,50%). Em 2026, a mediana ficou em 4,50%, e em 2027, em 4,0% pela sexta semana consecutiva. Já em cenários mais longos, como em 2028, a inflação deve se manter em 3,78%.
Em relação à Selic em 2025, o boletim Focus mostra a taxa de juros em 15%. Em 2026, a Selic deve ficar em 12,50%. Já em 2027 e 2028, em 10,50% e 10% respectivamente.
Compra do Banco Master movimenta o setor bancário
Investidores também acompanham a operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal. Na sexta-feira (28), o BRB confirmou a compra do Banco Master, em uma operação estimada em R$ 2 bilhões. No acordo assinado, o BRB leva 58% do capital da instituição financeira de Daniel Vorcaro – veja aqui o que se sabe sobre o caso.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast