O Ibovespa hoje ampliou ritmo de queda após abrir praticamente estável nesta segunda-feira (18). Às 12h35 (de Brasília), o índice recua 0,25%, aos 127.473 pontos.
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A valorização das commodities e a expectativa de que o pacote de gastos do governo seja anunciado esta semana são insuficientes para animar o principal índice da B3 hoje.
O Índice Bovespa hoje opera na faixa dos 127 mil pontos desde a abertura do pregão desta segunda-feira, alternando leves quedas com altas. O quadro indefinido interno esbarra também na falta de direção dos índices futuros de ações norte-americanos.
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Na sexta-feira, quando a B3 ficou fechada devido ao feriado da Proclamação da Repúblicas, as bolsas americanas fecharam em baixa em meio a expectativas de redução nas apostas de corte do juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
O que impacta o Ibovespa hoje
Pacote fiscal
Em meio à agenda esvaziada de indicadores no Brasil e no exterior, os investidores monitoram eventuais notícias sobre o plano de corte de gastos do governo federal, que pode ser divulgado esta semana.
No domingo (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou à CNBC que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que o anúncio ocorrerá “brevemente”. O ministro disse que está faltando a resposta do Ministério da Defesa.
A política fiscal será o foco do mercado, afirma o Bradesco. Primeiro, escreve, há a expectativa de anúncio do pacote fiscal, que deve contribuir para o cumprimento do arcabouço fiscal. “E na sexta-feira (22), o Tesouro deve apresentar o quinto relatório bimestral de reavaliação de receitas e despesas. É esperada, também, a arrecadação federal de outubro, que deve seguir forte e crescer 11% em termos reais em relação ao mesmo período de 2023”, cita o banco em relatório.
Boletim Focus
Em meio a elevadas incertezas fiscais, o boletim Focus trouxe novas revisões para cima nas projeções de inflação e de Selic. A mediana do relatório para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela sétima semana seguida, de 4,62% para 4,64%.
Para 2025, foi de 4,10% para 4,12%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. Já a mediana para a taxa Selic no fim de 2025 passou de 11,50% para 12%. Atualmente, está em 11,25% ao ano.
Para o Itaú Unibanco, o juro básico terá de avançar mais. Hoje, o banco elevou sua projeção para a taxa Selic, em meio à expectativa de um dólar mais elevado, atividade doméstica forte e avanço nas previsões de inflação. O banco agora vê o juro básico indo até 13,50% no decorrer de 2025, permanecendo neste nível até o final do ano que vem. A estimativa anterior era de que a Selic ficasse em 12% ao ano.
“Com câmbio mais depreciado, atividade ainda resiliente, expectativas desancoradas (por um período prolongado) e riscos crescentes, o Banco Central precisará recalcular o grau de aperto monetário e avançar ainda mais, e com maior celeridade, em território contracionista”, argumenta o relatório assinado pelo economista chefe do Itaú, Mario Mesquita.
Commodities
As commodities favorecem a tração dos ativos nesta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 1,87% na China, enquanto o petróleo ampliou o ritmo de alta desde a manhã e passou a subir acima de 2,60%.
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Seguindo o ritmo de suas commodities, os ativos da Vale (VALE3) avançavam 0,56%, enquanto os da Petrobras subiam 1,46% (PETR3) e 1,15% (PETR4) no horário acima.
Destaques da Bolsa
A CSN (CSNA3) dispara na B3, liderando as principais ações em alta do índice hoje após anunciar a distribuição de R$ 730 milhões em dividendos. No horário acima, a empresa subia 5,73%, cotada a R$ 11,25.
Já na ponta negativa do Ibovespa hoje, estão os papéis da BRF (BRFS3) com perdas de 5,57%, no valor de R$ 23,56.
* Com informações do Broadcast