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- O Ibovespa hoje encerrou em alta de 1,22% aos 132.155,76 pontos, depois de oscilar entre máxima a 133.072,69 pontos e mínima a 130.569,95 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram CSN (CSNA3), Brava Energia (BRAV3) e Usiminas (USIM5)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Pão de Açúcar (PCAR3) e Auren (AURE3)
O Ibovespa hoje interrompeu a série de cinco perdas consecutivas e terminou o dia no campo positivo. Nesta terça-feira (24), o principal índice da B3 encerrou em alta de 1,22% aos 132.155,76 pontos, depois de oscilar entre máxima a 133.072,69 pontos e mínima a 130.569,95 pontos, registrada na abertura. O giro financeiro foi de R$ 23,2 bilhões.
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O destaque do noticiário foi o anúncio de novas medidas de estímulo à economia chinesa, que representam o pacote de incentivo mais significativo desde que a pandemia atingiu o país há quase cinco anos. As medidas, que incluem o corte das taxas de juros e o apoio aos mercados imobiliários e acionários, surgem em meio a sinais de que a economia chinesa não atingirá a meta de crescimento do governo de 5% este ano.
O anúncio das propostas estimulou a valorização do minério de ferro nesta terça-feira. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para janeiro de 2025, fechou em alta de 4,64%, cotado a 699,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 99,19. Já em Cingapura, o minério, com entrega prevista para outubro de 2024, encerrou em valorização de 6,36%, aos US$ 95,15.
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As ações da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, subiram 4,88%, diante dos estímulos econômicos na China. Além da empresa, o dia foi bastante positivo para o setor metálico em geral, que mostrou forte avanço em papéis como CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5).
Além de beneficiar o minério, as medidas para a economia chinesa ajudaram o petróleo, o que, consequentemente, contribuiu para o desempenho positivo da Petrobras (PETR3;PETR4): as ações ordinárias (PETR3) subiram 0,75%, enquanto as preferenciais (PETR4) avançaram 0,41%.
Em dia marcado por valorização das commodities, a publicação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ficou em segundo plano. O documento não trouxe muitas novidades, mantendo o tom duro do comunicado divulgado na última semana. “Ficou claro, na minha visão, que teremos mais altas de juros, mas não sabemos em que ritmo nem em qual magnitude. Os membros concordaram de forma unânime que o ciclo será gradual e dependerá de dados a serem divulgados”, explica Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me Banco.
Em Nova York, as Bolsas de Valores fecharam em alta. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,25%, 0,2%, 0,56%, respectivamente. As American Depositary Receipts (ADR) de empresas chinesas se destacaram após a série de estímulos econômicos na segunda maior economia do planeta, enquanto investidores ainda monitoram perspectivas de juros nos Estados Unidos.
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O dólar, por sua vez, fechou em forte queda de 1,31% frente ao real, cotado a R$ 5,4628, furando o piso dos R$ 5,50. O real ganhou tração com o avanço das commodities, em especial do minério de ferro. Mais detalhes sobre o desempenho diário da moeda americana podem ser conferidos nesta matéria.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram CSN (CSNA3), Brava Energia (BRAV3) e Usiminas (USIM5).
CSN (CSNA3): +9,39%, R$ 12,12
As ações da CSN (CSNA3) registraram a principal alta do Ibovespa hoje, encerrando o pregão em valorização de 9,39% a R$ 12,12. Os papéis foram beneficiados pelo desempenho positivo do minério de ferro, que fechou em alta de 4,64% na Bolsa chinesa de Dalian, enquanto disparou 6,36% em Cingapura.
A CSNA3 está em alta de 2,19% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 35,01%.
Brava Energia (BRAV3): +8,72%, R$ 19,46
Outro destaque positivo foi a Brava Energia (BRAV3), que terminou em alta de 8,72% a R$ 19,46, beneficiada pela valorização dos contratos futuros de petróleo no exterior.
A BRAV3 está em baixa de 26,2% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,07%.
Usiminas (USIM5): +7,68%, R$ 6,03
Quem também se saiu bem foi a Usiminas (USIM5), que avançou 7,68%, terminando o dia cotada a R$ 6,03, depois do anúncio do pacote de medidas econômicas na China, que favoreceu o desempenho do minério de ferro.
A USIM5 está em baixa de 3,21% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 32,85%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Pão de Açúcar (PCAR3) e Auren (AURE3).
Azul (AZUL4): -5,04%, R$ 5,09
As ações da Azul (AZUL4) lideraram as perdas do Ibovespa no pregão e terminaram o dia em baixa de 5,04% a R$ 5,09. Ao Broadcast, Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, explicou que a companhia aérea vem de uma forte valorização na semana passada, com uma alta de 11,49% no acumulado de cinco pregões. “O mercado agora opera em compasso de espera pelos próximos capítulos sobre a dívida e possíveis aportes privados”, diz.
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A AZUL4 está em baixa de 5,57% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 68,21%.
Pão de Açúcar (PCAR3): -1,71%, R$ 2,88
Os papéis do Pão de Açúcar (PCAR3) também se destacaram negativamente na sessão, encerrando o dia em queda de 1,71% a R$ 2,88. As ações destoaram de outros ativos cíclicos, que foram beneficiados pela queda dos juros futuros.
A PCAR3 está em baixa de 7,99% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 29,06%.
Auren (AURE3): -1,23%, R$ 10,47
Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a Auren (AURE3), que caiu 1,23% a R$ 10,47. O conselho de administração da empresa aprovou na segunda-feira (23) a realização da 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, no valor de R$ 2,5 bilhões.
A AURE3 está em baixa de 8,08% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 18,84%.
*Com Estadão Conteúdo
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