O Ibovespa hoje avança neste primeiro pregão de agosto, acima dos 128 mil pontos, em dia de elevação das commodities. Às 12h14 (de Brasília), o índice sobe 0,51%, aos 128.302 pontos nesta quinta-feira (1º).
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A valorização do Índice Bovespa hoje reflete a alta das bolsas americanas, após o entendimento de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começará a cortar os juros básicos do país em setembro.
Na quarta-feira (31), o Fed manteve suas taxas como o esperado. “Mercados ainda sentem resquícios dos efeitos da indicação do Fed – sentidos já após a decisão ontem. E ainda tem o Comitê de Política Monetária (Copom) e as commodities. Hoje tem um ânimo maior”, diz Pedro Caldeira, sócio e assessor da One Investimentos.
O que afeta o Ibovespa hoje
Decisões de juros
Nesta quinta-feira, dados americanos reforçaram a ideia de que o juro americano começará a cair em setembro, como a leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial dos EUA, que caiu a 46,8 em julho. O dado mais fraco fortalecer a aposta em cortes de juros do Fed.
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A despeito do Banco Central (BC), na quarta-feira (31), o Copom deixou a taxa Selic em 10,50%, também como previsto, sem indicação de alta à frente, apesar das pressões inflacionárias e no câmbio, além das incertezas fiscais.
A decisão do comitê é um bom sinal, já que estimula principalmente ações ligadas ao ciclo econômico. “O texto não dá margem para elevação dos juros no curto prazo, mas começa a preparar terreno para tal situação, caso os pontos indicados no balanço de riscos sigam em deterioração”, avalia Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.
Segundo Carlos Lopes, economista do Banco BV, mesmo com a piora do cenário no Brasil, o Copom optou pela serenidade, sugerindo que não subirá a Selic. “Sim, isso indicação de manutenção da Selic é bom para a Bolsa que sofre com juros mais altos”, diz.
Porém, Lopes observa que se o cenário continuar piorando, o Banco Central precisará fazer algo. Para o economista do BV, seria mal visto pelo mercado se o BC tivesse passado a ideia de que está leniente com o quadro atual de deterioração das expectativas, por exemplo. “Mas este não é o caso.”
Balanços
Além do investidor digerir o conteúdo do comunicado do Copom, a safra de balanços fica no radar, com Ambev (ABEV3) e Gerdau (GGBR4), por exemplo.
A cervejaria apresentou lucro líquido de R$ 2,452 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que significa uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período de 2023, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (1º). Os papéis da Ambev sobem 1,04%, negociados a R$ 11,70.
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A produtora de aço, por sua vez, registrou lucro líquido de R$ 945 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 55,9% em relação ao mesmo período de 2023, decorrente, segundo a companhia, do arrefecimento dos resultados operacionais – veja mais aqui. Os ativos sobem 0,22%, cotados a R$ 18,30.
O principal índice da B3 hoje também acompanha o balanço da EcoRodovias (ECOR3), o resultado da Isa Cteep (TRPL4) e os números do Kleper Weber (KEPL3) do segundo trimestre.
Commodities
Apesar da alta do petróleo no exterior, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) passaram a cair, bem como as da Vale (VALE3), a despeito do avanço de 2,47% do minério de ferro em Dalian, na China.
O minério subiu “ajudado pelo reporte de resultados da mineradora Rio Tinto (RIOT34), que demonstrou confiança na demanda da China”, cita o sócio da Tendências. Apesar disso, completa, o índice PMI Caixin da indústria no país recuou para 49,8 pontos em julho, abaixo do esperado.
A petroleira cede 0,86% (PETR3) e 0,56% (PETR4), nos valores de R$ 40,25 e R$ 37,20. Já a mineradora cai 1,09%, cotada a R$ 60,69 no Ibovespa hoje.
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*Com informações do Broadcast