O Ibovespa hoje abriu em queda de 0,08%, aos 134.848 pontos nesta quarta-feira (18). A abertura de negócios ocorre de olho nas decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos – confira a agenda completa do dia neste texto.
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A leve alta dos futuros em Nova York pode não ser suficiente para impulsionar o principal índice da B3 hoje ao decorrer da manhã, considerando o recuo das commodities e a cautela dos investidores a poucas horas dos desfechos sobre política monetária.
Na véspera, o Índice Bovespa fechou abaixo de 135 mil pontos – veja aqui. A desvalorização se deu, entre outros motivos, pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Nesta quarta-feira, as perdas do petróleo não devem abrir margem para a recuperação da estatal, que já mostrou viés de queda no pré-mercado de Nova York nesta manhã.
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Nesta Super Quarta, os olhos estão voltados para o rumo dos juros no Brasil e nos EUA. A plataforma do CME Group aponta 60% de chance de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica dos EUA, mas alguns analistas defendem um ajuste menor por causa de dados inflacionários ainda fortes. O Fed divulga o resultado de sua reunião de política monetária às 15 horas.
No Brasil, por sua vez, a maioria dos analistas espera uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 10,75% ao ano, mas alguns ainda preveem uma elevação maior. A partir das 18h30, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga sua decisão sobre juros.
Em seguida, investidores ficarão atentos à entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, além dos discursos de dois dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Joachim Nagel e Elizabeth McCaul, em eventos internacionais.
- Leia também: como está o dólar hoje?
O que afeta o Ibovespa hoje
Juros
O Saxo Bank avalia que o processo de afrouxamento nos EUA deve beneficiar as ações no longo prazo. Entre os 20 ciclos de cortes feitos pelo Fed desde 1957, apenas três foram seguidos por retornos negativos nos 25 meses subsequentes, segundo a instituição.
Na avaliação de Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, uma eventual redução mais agressiva no juro básico dos EUA ainda traz o risco de uma interpretação de maior pessimismo da autoridade monetária com a economia, podendo gerar reações negativas.
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No cenário local, o foco estará no comunicado do Copom e se a votação será unânime. “Será importante observar o comunicado, se abrirá margem para uma aceleração de ritmo na próxima reunião”, pontua o economista da Tendências, em relatório.
Bolsas internacionais
Os mercados de ações apresentam sinais divergentes devido às incertezas sobre o ritmo de queda dos juros pelo Fed, em meio a sinais de resiliência da inflação no Reino Unido e à fraqueza da demanda mundial por commodities.
Nesta manhã, os índices futuros em Nova York registram leves altas, enquanto as bolsas europeias caem após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro e da aceleração do núcleo do CPI do Reino Unido em agosto, o que impulsiona a libra e os juros dos títulos britânicos. Esse cenário afasta a possibilidade de o Banco da Inglaterra (BoE) reduzir seus juros na quinta-feira (19).
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem moderadamente, enquanto as bolsas asiáticas encerraram em direções opostas.
Commodities
As commodities são um ponto de atenção para os ativos nesta quarta-feira, já que o petróleo cai cerca de 0,60% e o minério de ferro fechou em queda de 4,12% em Dalian, na China, após o feriado. Na bolsa de Cingapura, o minério encerrou as operações com recuo de 1,53%, aos US$ 90,80, o menor valor desde outubro de 2022.
Esse movimento tende a pressionar os papéis relacionados às commodities, como Petrobras e Vale (VALE3).
- A Petrobras está entre os destaques corporativos do mercado nesta quarta-feira. Confira todas as empresas nesta matéria.
Mercado brasileiro
Nos juros, a alta dos rendimentos dos Treasuries pressiona a curva futura, além dos riscos fiscais crescentes. Apesar disso, o governo espera arrecadar até R$ 3,4 bilhões este ano com a autorização das apostas online (bets).
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Outro fator de atenção são as prováveis derrotas do governo no Supremo Tribunal Federal (STF) em ações que questionam a reforma da Previdência, com um impacto estimado de pelo menos R$ 132,6 bilhões nas contas públicas.
No câmbio, o enfraquecimento do dólar no exterior pode beneficiar o real no Ibovespa hoje. Na terça-feira (17), o dólar à vista fechou em R$ 5,4882, desvalorização de 0,41%, marcando o quinto dia consecutivo de queda – veja mais aqui. Esse valor é inferior aos R$ 5,65 vistos no último Copom e aos R$ 5,55 do cenário de referência mencionado no comunicado de julho.
*Com informações do Broadcast
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