A sexta-feira (7) começa com foco no cenário doméstico, onde o principal destaque é a divulgação do IGP-DI de outubro pela FGV. O índice, acompanhado de perto por analistas para medir pressões inflacionárias na economia, pode ajudar a calibrar expectativas sobre os próximos passos da política monetária. Ainda no Brasil, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, participa de um evento na B3 em São Paulo, onde devem ser discutidos temas relevantes para a agenda econômica e fiscal.
No ambiente internacional, a incerteza causada pela continuidade do shutdown nos Estados Unidosdomina o debate. Com órgãos do governo parcialmente paralisados, o payroll de outubro; tradicionalmente o dado mais aguardado do mês; pode não ser divulgado. Assim, as atenções do mercado se voltam para declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia e para a leitura preliminar da pesquisa de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
A agenda global da sexta-feira ainda inclui a divulgação da balança comercial da China, evento que costuma influenciar commodities e mercados emergentes. Além disso, indicadores de inflação no Chile e no México complementam o quadro de dados relevantes para a região. Com diversos elementos de risco e incerteza, o dia tende a ser marcado por sensibilidade a falas de autoridades monetárias e a surpresas nos indicadores que forem divulgados.
Resumo do pregão anterior (06/11): o que pode influenciar o Ibovespa hoje
O Ibovespa passou a maior parte do dia sem direção definida, refletindo a combinação de expectativas locais; incluindo os desdobramentos da reunião do Copom e o debate sobre mudanças na isenção de Imposto de Renda (IR); com um cenário internacional de incertezas, especialmente diante de novos sinais de fraqueza no mercado de trabalho dos EUA. Mesmo com oscilações moderadas, o índice conseguiu preservar o patamar dos 136 mil pontos.
Entre as ações de maior relevância para o Ibovespa, Petrobras (PETR3; PETR4) encerrou o pregão no positivo: os papéis ordinários (PETR3) avançaram 0,09%, enquanto os preferenciais (PETR4) tiveram alta de 0,52%. Já os ativos da Vale(VALE3) fecharam em baixa de 0,35%.
No exterior, o humor dos mercados globais permaneceu frágil. O aumento das demissões nos Estados Unidos e a perspectiva de que o Federal Reserve mantenha uma postura mais conservadora limitaram o apetite ao risco. Esse ambiente, somado ao shutdown que ameaça a divulgação de dados importantes, reforçou a postura mais cuidadosa dos investidores, tanto lá fora quanto no Brasil.
Do ponto de vista técnico, o Ibovespa segue em zona de atenção. Após 12 altas consecutivas (sequência inédita desde 2018) o índice já mostra sinais de perda de fôlego e pode entrar em um movimento de correção natural. Os gráficos analisados pelos especialistas da Ágora Investimentos apontam para resistência forte no curto prazo, ainda que a tendência primária siga positiva. Além disso, o bom desempenho recente levou onze ações a renovarem máximas históricas, o que indica força estrutural, mas também reforça a chance de ajustes. Esses elementos ajudam a compor o pano de fundo para o pregão desta sexta-feira (7).
Calendário econômico sexta-feira (7)
Alemanha
05:00 – Presidente do Fed de Nova York, John Williams participa da Conferência do BCE sobre Mercados de Dinheiro
10:30 – Dirigente do BCE, Frank Elderson participa de painel no evento Euro20+