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Ibovespa hoje: exterior negativo atrapalha a alta da bolsa

A queda das bolsas globais afeta Ibovespa antes do fechamento da B3

Ibovespa hoje: exterior negativo atrapalha a alta da bolsa
Índice Bovespa é o principal da Bolsa de Valores. (Foto: Envato Elements)

A queda das bolsas europeias e americanas impede uma definição do Ibovespa antes do feriado, amanhã no Brasil, quando a B3 ficará fechada. Com isso, o giro financeiro pode minguar. Ontem, o Índice Bovespa fechou em baixa de 0,38%, aos 117.331,30 pontos. Às 11h29, subia 0,06%, aos 117.299,41 pontos, após subir 0,54%, na máxima aos 117.970,71 pontos.

Em Nova York, o Nasdaq cedia 1,06%. “Não tem muita coisa, novidade. Só que aqui o fiscal continua preocupando, tem a incerteza em relação ao JCP juros sobre capital próprio, agora a questão do rotativo dos cartões e é véspera de feriado. Ninguém quer tomar risco”, avalia Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. As ações do setor financeiro estão no foco. Ontem à noite, a Câmara aprovou o o texto-base do projeto de lei com regras para o Desenrola Brasil.

O programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo federal inclui um limite para os juros no crédito rotativo e no parcelamento com juros de faturas de cartões de crédito. Ao mesmo tempo, novos indicadores de atividade da Europa geram certa cautela. Nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras de serviços do país, medido pelo ISM, ficou em 54,5 em agosto, ante previsão de 52,4.

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“Mudou tudo, o dado veio forte”, diz o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, ao referir-se à reação anterior dos mercados ao também PMI de serviços, só que da S&P Global, que ficou em 50,5 (preliminar: 51). Inicialmente, as bolsas norte-americanas reduziram a queda e o Ibovespa foi à máxima aos 117.970,71 pontos, quando avançou 0,54%, enquanto os juros dos Treasuries caiam, passando a subir depois. “Dados mais fracos ajudam a esfriar a ideia de mais juros nos Estados Unidos”, diz.

A queda do Ibovespa na terça-feira, em meio a sinais de enfraquecimento da China, foi moderada pela disparada do petróleo, que impulsionou as ações da Petrobras. Mais cedo, o óleo Brent voltou a testar a marca dos US$ 90 o barril, elevando preocupações com a inflação global e em relação a juros elevados por mais tempo do que o imaginado.

Contudo, passou a operar com instabilidade. Ainda assim, as ações da Petrobras sobem com força, acima de 1,00%. Já o minério de ferro fechou em alta de 0,12%, em Dalian, na China, onde seguem expectativas de anúncio de medidas de incentivo pujante à economia. No entanto, Vale cedia 0,23%. A despeito dessa percepção em relação a Pequim, o quadro é de moderada cautela, ressalta o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, em comentário matinal.

“É uma manhã negativa no exterior, apesar de sinais de mais estímulos na China, dados de atividade na Europa mais fracos e o Banco Central Europeu dando sinais de preocupação com a inflação”, diz.

Na Alemanha, as encomendas à indústria recuaram 11,7% em julho ante junho, bem mais do que a previsão de analistas (-3,5%). Já as vendas no varejo da zona do euro cederam 0,2% em julho ante junho (projeção: -0,3%). No Brasil, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,05% em agosto, após uma redução de 0,40% em julho, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV).

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