O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (24) pela quinta vez consecutiva. O dia foi marcado pela disparada dos papéis do Magazine Luiza (MGLU3), após a empresa fechar um acordo com o Aliexpress, plataforma de marketplace internacional do Alibaba. A principal referência da B3 chegou a se aproximar do patamar de 123 mil pontos pela manhã, ao alcançar máxima a 122.839,73 pontos, mas terminou o dia aos 122.636,96 pontos, em valorização de 1,07%.
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Investidores aguardam agora o desenrolar da semana agitada, que conta com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira (25) e a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) na quarta-feira (26). Nos Estados Unidos, a expectativa se concentra na sexta-feira (28), que será marcada pela apresentação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de maio, a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed).
Apesar da cautela pela divulgação dos dados, a Bolsa brasileira conseguiu se sair bem nesta segunda-feira, com alta generalizada em diferentes setores. “O Ibovespa se apoiou no alívio na percepção de risco local, que se refletiu na queda dos juros futuros e no fluxo de capital para ações, mesmo sabendo que a semana ainda trará importantes dados como a ata do Copom e o IPCA-15”, destaca Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
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O foco do dia foi o anúncio de que o Magazine Luiza (MGLU3) celebrou um acordo com o Aliexpress para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces. Com a notícia, os papéis da varejista chegaram a disparar mais de 10% na sessão e lideraram os ganhos do Ibovespa no dia. Nesta reportagem, mostramos como diferentes analistas do mercado encararam a parceria.
Entre as maiores altas do Ibovespa, também estiveram as ações da Sabesp (SBSP3), refletindo o otimismo do mercado com o andamento do processo de privatização da companhia, após a empresa ter apresentado o prospecto da oferta de ações na última sexta-feira (21). A operação terá um lote base que prevê a venda de 191.713.044 papéis, que poderá ser aumentado em um lote adicional em mais 28.756.956 ações em caso de demanda forte.
Em contrapartida, as ações de empresas exportadoras, como a Embraer (EMBR3), dominaram o campo vermelho do Ibovespa nesta segunda-feira. O movimento ocorreu em meio ao enfraquecimento do dólar em relação ao real, já que a moeda americana terminou o pregão em queda de 0,93% cotada a R$ 5,3904.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos do Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a R$ 1. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
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A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.