O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (25), em sessão morna, com volume de negociações abaixo da média. A principal referência da B3 terminou o dia em desvalorização de 0,08%, aos 126.931,47 pontos, oscilando entre máxima a 127.224,32 pontos e mínima a 126.750,47 pontos.
Leia também
Na falta de novidades e gatilhos, o mercado operou em compasso de espera, cauteloso com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), previstos para saírem na terça-feira (26).
Entre os principais destaques negativos do dia, estiveram as ações da Casas Bahia (BHIA3), enquanto investidores esperam resultados trimestrais fracos da companhia. O balanço da varejista será divulgado após o fechamento do mercado e, segundo levantamento feito pelo E-Investidor, a empresa deve registrar prejuízo entre R$ 598 milhões a R$ 703 milhões no quarto trimestre de 2023.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Quem também se saiu mal foram os papéis da Braskem (BRKM5), em movimento de realização de lucros após a recente aceleração de mais de 30% em 6 dias, observada entre 15 e 22 de março, período no qual as ações saíram do patamar de R$ 20,37 e atingiram R$ 27,53. “O rali recente ocorreu devido a notícias de que grupos empresariais estariam fazendo o processo de due diligence (investigação de uma oportunidade de negócio), que normalmente antecede uma oferta de aquisição”, explica Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed.
Ainda na campo negativo do Ibovespa, figuraram os papéis do Grupo CCR (CCRO3), pressionados pela decisão do UBS de rebaixar a recomendação da companhia de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 16,00. Na visão do banco, os preços das ações da empresa estão justos, enquanto a expectativa é de que o impulso operacional daqui para frente seja menor.
As principais altas do dia no Ibovespa
Em contrapartida, as petrolíferas ficaram entre as principais altas do Ibovespa, com 3R Petroleum (RRRP3) e Petrorecôncavo (RECV3) em destaque. Os papéis foram impulsionados pela aceleração dos contratos futuros de petróleo, em movimento sustentado pelo dólar enfraquecido no exterior e pela percepção de risco à oferta, com a escalada das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia. Mais detalhes sobre o desempenho diário da commodity podem ser conferidos nesta matéria.
De grande peso para o Ibovespa, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também foram beneficiadas pela alta do petróleo e conseguiram subir mais de 1%. “O mercado repercute ainda a noticia de que a empresa vai propor apenas os dividendos ordinários aos seus acionistas na próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril, deixando a decisão sobre remuneração extra para outro momento”, destaca Petrokas, da Quantzed.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica ao do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
Publicidade
A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
