O UBS BB rebaixou as recomendações da CCR (CCRO3) e da EcoRodovias (ECOR3) de compra para neutra, mencionando que os preços das ações – negociadas a 12,3% e 14% da taxa interna de retorno real – estão justos, enquanto a expectativa é de que o impulso operacional daqui para frente seja menor: o tráfego das rodovias deve desacelerar de 6% e 6,8%, respectivamente, para 2%, e a alavancagem de ambas deve subir em 2024 devido ao pico do ciclo de investimentos, praticamente não deixando espaço para novos projetos.
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“Vemos tanto a CCR quanto a EcoRodovias já altamente alavancadas, com poder de fogo limitado”, afirmam os analistas Alberto Valerio, Andressa Varotto, Rafael Simonetti, e Isabella Lamas, em relatório enviado a clientes.
Ainda assim, os analistas veem a CCR em uma posição mais confortável para fazer novas licitações, considerando sua trajetória de alavancagem, principalmente se avançar com desinvestimentos em aeroportos. Do lado negativo, a preocupação ronda os excessos de investimento durante ciclos de altos investimentos (até 2030), especialmente para EcoRodovias, que tem um saldo de investimentos de R$ 40,5 bilhões (equivalente a 6,4 vezes o valor de mercado da companhia, contra 1,1 vez para CCR).
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A desaceleração nos tráfegos esperada para 2024 também é explicada porque em 2023 o tráfego cresceu de maneira surpreendente, principalmente em veículos leves, que cresceram de 5% para 7% na CCR e de 5,5% para 8,4% na EcoRodovias.
Os novos preços-alvos de R$ 16,00 e de R$ 10,00 para as ações ordinárias da CCR e da EcoRodovias, respectivamente, e equivalem a potenciais de valorização de 13,8% e 15,2% sobre o fechamento de sexta-feira (22).