Em meio ao acirramento do conflito entre Israel e Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que um ataque israelense ao Irã “não é iminente, mas pode muito bem acontecer”. Ele afirmou ainda que estará empenhado em conseguir um entendimento com Teerã e, segundo Trump, os Estados Unidos está próximo disso.
Os índices das Bolsas de Nova York avançaram. O Dow Jones subiu 0,24%, o S&P 500 ganhou 0,38% e o Nasdaq teve alta de 0,24%.
Ibovespa hoje: o que impulsiona o índice
Como fecharam as ações da Bolsa hoje?
As ações da BRF (BRFS3) e da Marfrig (MRFG3) caíram 3,14% e 1,17%, respectivamente, entre as maiores quedas do Ibovespa hoje. Para o analista da Levant Corp, João Abdouni, pesou nos papéis a queda na exportação de frango em maio. A BRF é muito exposta à proteína de frango e acaba por afetar a Marfrig.
A exportação brasileira de carne de frango (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) alcançou 393,4 mil toneladas em maio, o que corresponde a uma queda de 12,9% em comparação com igual mês de 2024 (451,6 mil t), apontou levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Varejo no Brasil e PPI dos EUA ficam no foco
Nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,4% em abril na comparação com o mês anterior e subiram 4,8% sobre um ano antes.
O índice de preços ao produtor (PPI) avançou 0,1% em maio ante abril e subiu 2,6% na referência anual.
Já os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) Luis de Guindos, Isabel Schnabel e Frank Elderson participam de conferências.
Bolsas europeias caem; bolsas asiáticas fecham sem direção
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa hoje, com as dúvidas sobre a aplicação do acordo comercial entre China e Estados Unidos levando cautela diante da falta de mais detalhes, e renovadas ameaças do presidente Donald Trump a outros parceiros. Além disso, a escalada de tensões no Oriente Médio refletiu no quadro, com empresas de turismo entre as mais penalizadas, mas petroleiras com desempenho forte diante das perspectivas de preços mais altos do petróleo. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,33%, a 549,84 pontos.
Em Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 0,71%, a 23.779,07 pontos. Em Paris, o CAC 40 fechou em queda de 0,17%, a 7.762,44 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,58%, a 39.946,45 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve baixa de 0,32%, a 14.088,90 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, declarar que chegou a um acordo comercial com a China, sem, no entanto, fornecer detalhes.
O índice Hang Seng caiu 1,36% em Hong Kong, enquanto o Nikkei recuou 0,65% em Tóquio e o Taiex registrou perda de 0,81% em Taiwan. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,01% e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,15%. Na Oceania, S&P/ASX 200 caiu 0,31% em Sydney.
Dólar e petróleo ficam em baixa
O dólar hoje teve leve alta de 0,09%, a R$ 5,5426. O índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – registrou baixa de 0,73%, a 97,909 pontos.
Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa, depois de saltarem até quase 5% ontem em reação a notícias de que os EUA estão retirando funcionários não essenciais de partes do Oriente Médio por preocupações com segurança.
O que foi destaque no Ibovespa nesta quinta-feira (12)
O Ibovespa acompanhou as tensões geopolíticas, a queda no preço do minério de ferro e petróleo e o rebaixamento da recomendação de Petrobras (PETR3; PETR4) e da B3 (B3SA3) pelo Bank of America. A Petrobras subiu 2,24% (PETR4) e 2,76% (PETR3).
O mercado financeiro hoje seguiu ainda digerindo as medidas para substituir o pacote do IOF anunciado em maio. Ontem, o governo publicou a medida provisória (MP) que confirmou mudanças no IOF sobre risco sacado, Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e pessoa jurídica. Também confirma alíquotas de 17,5% para aplicações financeiras. Investimentos até então isentos, como letras de crédito, terão alíquota de 5%.
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