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O Ibovespa hoje reduziu o ritmo de queda após ceder 1,17%, à mínima de 139.625,25 pontos. Às 12h28 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,62%, aos 140.419 pontos. As atenções do mercado estão no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre.
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A diminuição da desvalorização ocorre em meio à virada para cima das ações da Petrobras (PETR3; PETR4), em leve alta de 0,15%, na esteira do petróleo (+1,20%). Contudo, ainda prevalece tom de cautela, diante do recuo das bolsas de Nova York que esperam sinais sobre a política monetária dos EUA.
Aqui, a desaceleração do PIB do segundo trimestre aquém da esperada e as incertezas envolvendo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF mantêm um quadro de parcimônia. Isso porque, há temores de sanção pelos EUA a depender do resultado do julgamento.
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Neste sentido, ações de grandes bancos são penalizadas, sobretudo Banco do Brasil (BBAS3/-2,70%), bem como algumas ligadas ao consumo, em meio à pressão de alta dos juros futuros e avanço do dólar hoje a 0,21%, a R$ 5,46, às 12h30 (de Brasília).
“Após a sentença, como que se dará, em que grau piorará o relacionamento dos Estados Unidos-Brasil? Esse é o grande ponto, essa é a grande expectativa”, pontua Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos.
Quanto ao PIB brasileiro, houve alta de 0,4%, ficando acima da mediana de expansão de 0,3% das projeções (zero e 0,5%), o que demonstra certa resistência da atividade. No trimestre passado, houve crescimento de 1,4%.
A indicação de arrefecimento da atividade pode reforçar estimativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicie ainda este ano o ciclo de queda da taxa Selic.
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“O PIB frustrou porque o mercado contava com uma desaceleração mais forte, o que fez a curva preficifar de forma mais negativa. Isso se somou um pouco ao sentimento de frustração fiscal”, diz Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez.
Os bolsas de Nova York caem na volta do feriado do Dia do Trabalho, em meio a uma agenda fraca. Na Europa, as bolsas operam em queda após o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro acelerar para 2,1% em agosto, ante 2% em julho, superando levemente a expectativa de analistas, que era de 2% — também a meta oficial do Banco Central Europeu (BCE).
A libra registra forte queda frente ao dólar, enquanto os rendimentos dos títulos do governo britânico (Gilts) de mais longo prazo avançam em meio a crescentes preocupações com a situação fiscal do Reino Unido.
Já os contratos futuros do ouro renovaram a máxima histórica diante da expectativa de corte de juros nos EUA, o que reduz o custo de oportunidade do ativo e enfraquece o dólar. As incertezas no comércio global reforçam a busca por proteção.
Na agenda, os índices de gerentes de compra (PMIs, na sigla em inglês) saem nos EUA nesta manhã, e na China e Japão à noite, além do PMI Mundo, previsto às 12 horas.
O PIB brasileiro registrou alta de 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio próximo da mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,3%, com intervalo entre estabilidade (0,0%) a um avanço de 0,5%.
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A economia doméstica deve seguir em processo de desaceleração gradual nos próximos meses e, ao final do ano, o PIB deve expandir 2,2%, avalia o economista do ASA Leonardo Costa, em nota sobre os resultados do segundo trimestre.
Para Costa, o resultado veio em linha com o esperado e a perda de força na margem refletiu a dissipação dos efeitos positivos do setor agropecuário e a queda dos investimentos no período.
“A desaceleração do PIB no segundo trimestre foi muito pautada pelo fim do impacto da safra recorde. As demais variáveis da oferta apontaram recuperação: na indústria, destaque para indústria extrativa (enquanto a indústria de transformação teve a segunda queda consecutiva). Nos serviços, o comércio teve estabilidade, com destaque para outras rubricas nessa leitura”, escreveu Costa.
O tom negativo no exterior e o julgamento de Bolsonaro podem trazer cautela ao mercado local. No contexto do julgamento, o governo Trump estaria preparando sanções contra o Banco do Brasil (BBAS3), segundo a CNN Brasil.
Em 21 de agosto, o banco estatal ofereceu ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, afetado pela Lei Magnitsky, um cartão da bandeira Elo após o magistrado ter um cartão americano cancelado.
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que o julgamento não deveria ter relação com a questão tarifária entre Brasil e EUA. Ele ressaltou que, antes de recorrer à aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, o governo brasileiro aposta na via da negociação.
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus concentra as atenções no Ibovespa hoje. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento por tentativa de golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022, incluindo pela primeira vez um ex-presidente e generais de alta patente. Bolsonaro é acusado de cinco crimes, cujas penas somadas podem resultar em até 43 anos de prisão.
A agenda econômica hoje traz ainda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre e dados de atividade (PMI) dos EUA e da China. Ainda são esperados os investimentos em construção americanos.
O Tesouro faz leilões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros).
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
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*Com informações de Maria Regina Silva, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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