

O Ibovespa hoje diminuiu o ritmo de alta nesta terça-feira (1º), com o mercado atento ao fórum do Banco Central Europeu (BCE) e discussões sobre o IOF. Às 13h49 (de Brasília), o índice subia 0,44%, aos 139.465,12 pontos
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O Ibovespa hoje diminuiu o ritmo de alta nesta terça-feira (1º), com o mercado atento ao fórum do Banco Central Europeu (BCE) e discussões sobre o IOF. Às 13h49 (de Brasília), o índice subia 0,44%, aos 139.465,12 pontos
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O movimento ocorre em meio aos ganhos e perdas das Bolsas de NY: enquanto o Nasdaq recua 0,83%, o S&P 500 e o Dow Jones sobem 0,12% e 1,06%, respectivamente. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) também registram alta após o reajuste no preço do querosene de aviação (QAV), com avanço de 0,73% (ON) e de 0,29% (PN).
A despeito da elevação do Índice Bovespa hoje, Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, diz não haver nada estrutural que sirva para justificar o movimento, a não ser fluxo. Porém, pontua que o cenário de melhora nas projeções de inflação e câmbio no Focus desta semana, pode começar a dar fôlego “melhor” para o Banco Central trabalhar, no sentido de pensar em cortes da Selic.
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O comportamento do índice hoje acompanha o último fechamento, quando o Ibovespa acumulou ganhos de 1,33% em junho, próximo aos 139 mil pontos, com o ingresso de capital externo elevado.
No exterior, as discussões comerciais ganham destaque com a aproximação do prazo de 9 de julho, quando os EUA decidirão se vão impor “tarifas recíprocas”. Hoje, há falas de autoridades monetárias mundiais em evento do Banco Central Europeu (BCE), em Portugal. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) “não é missão cumprida, mas alvo alcançado”. “Chegamos na meta de nossa inflação, de 2%, como havíamos antecipado. Passamos por muitos choques até chegarmos na inflação de 2%”, disse, ao ressaltar que o ambiente é de “muita incerteza”.
Por aqui, o foco fiscal continua, em meio a relatos de que o governo acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a derrubada do decreto que havia elevado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No mercado de câmbio, o dólar hoje abriu em queda de 0,17%, negociado a R$ 5,4248, após acumular perda de 4,99% em junho. Nesta manhã, o mercado pode operar sob pressão derivada da queda global persistente do dólar e dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) neste primeiro pregão de julho e do segundo semestre. Já às 13h59 (de Brasília), a moeda americana subia 0,36%, a R$ 5,452.
A agenda econômica desta terça-feira (1º) traz um painel do Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra (Portugal), reunindo os presidentes do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell; do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda; do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey; e do próprio BCE, Christine Lagarde, que ficam no radar do Ibovespa hoje. O diretor do Banco Central (BC), Diogo Guillen, estará no fórum do BCE, sem fala prevista.
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O primeiro pregão do segundo semestre traz uma agenda econômica enxuta de dados, com destaque para os índices de gerentes de compras (PMIs) industriais e o relatório Jolts de abertura de vagas nos EUA.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa do lançamento do Plano Safra 2025/2026. Na cerimônia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo está reduzindo a carga tributária das exportações brasileiras por meio do Imposto de Valor Agregado (IVA), previsto na reforma tributária. Ele pontuou que o mercado internacional está “muito protecionista” e tende a ficar mais.
O mercado também segue atento à crise política, enquanto o governo pode decidir hoje se recorrerá ao STF para contestar a derrubada, pelo Congresso, do decreto que aumentou as alíquotas do IOF.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, participa de evento do Citi. Haverá ainda leilões do Tesouro de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros).
Os índices futuros das Bolsas de Nova York operam em direções distintas, após S&P 500 e Nasdaq renovarem recordes. As discussões comerciais ganham destaque com a aproximação do prazo de 9 de julho, quando os EUA decidirão se vão impor “tarifas recíprocas”.
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A ação da Tesla (TSLA34) chegou a cair perto de 5% no pré-mercado, após o presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmar sua posição contrária à regulação do mercado de veículos elétricos e ameaçar os subsídios recebidos pela montadora.
Enquanto isso, as bolsas da Europa fecharam sem direção única, em dia marcado por declarações de dirigentes dos principais bancos centrais e a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,21%, a 540,25 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,28%, a 8.785,33 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,80%, a 23.717,41 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,04%, a 7.662,59 pontos.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, estendendo perdas da sessão anterior, com expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumente a produção em agosto e temores de que tarifas dos EUA desacelerem a economia global. Nesta manhã, a commodity avança perto de 0,30%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em queda de 1,32%, cotado a 708,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,9.
O governo federal pode acionar o STF, segundo o Valor, e a AGU deve argumentar que o Congresso desrespeitou a Constituição ao sustar um ato normativo que estaria dentro do poder regulamentar do Executivo. O governo defende que tem o direito de ajustar o IOF e vê a arrecadação extra de R$ 12 bilhões como essencial para cumprir a meta de déficit zero.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o Ibovespa hoje.
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* Com informações de Maria Regina Silva, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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