O Ibovespa hoje reduziu o ritmo de alta registrado na abertura do pregão desta terça-feira (24). Por volta das 12h20, o indicador chegou a perder a marca dos 132 mil pontos, mas recuperou em seguida. Às 13h07, o índice avança 1,17%, aos 132.090 pontos.
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A virada do Índice Bovespa hoje no começo da tarde aconteceu em linha com o movimento das bolsas americanas após o índice de confiança do consumidor dos EUA recuar em setembro. O indicador americano caiu a 98,7 em setembro, bem abaixo das expectativas de analistas consultados pela FactSet, que previam o dado em 104. A leitura de agosto foi atualizada para cima hoje, passando de 103,3 a 105,6.
O que movimenta o Ibovespa hoje
Mercados internacionais
Apesar da fraca operação nos EUA, o cenário no exterior ainda segue positivo aos ativos do mercado brasileiro hoje, com o pacote robusto de estímulos econômicos da China e as commodities no radar. As cotações do petróleo registram ganhos superiores a 1,20%, e o minério de ferro encerrou com valorização de 4,64% em Dalian.
“Mercados amanhecem animados com superpacote de estímulos anunciado pelo governo chinês que engloba desde o setor imobiliário, passando pelos juros e chegando ao mercado acionário. Na China, bolsas chegaram a subir mais de 4% na madrugada e commodities operam em alta”, descreve em nota o Inter.
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Os papéis da Vale (VALE3) reagem positivamente ao anúncio chinês e ao minério. A mineradora sobe 5,54%, negociada a R$ 60,72 no horário acima.
Ata do Copom
No contexto local, o investidor ainda avalia a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) da decisão da semana passada, quando a taxa Selic passou de 10,50% para 10,75% ao ano, como o esperado, mas trouxe um comunicado lido como duro – confira todos os detalhes aqui.
Para Beto Saadia, diretor de Investimentos da Nomos, a ata sinaliza que o ritmo de elevação de 0,25 ponto porcentual na semana passada “foi a magnitude adequada para o início do ciclo de aperto”. No entanto, Saadia avalia que o Banco Central (BC) não se compromete que essa será a velocidade à diante “quando reforça o compromisso de convergência da inflação para a meta”.
No documento, o colegiado do Banco Central reforçou o tom agressivo do comunicado do último dia 18, fornecendo provas da necessidade de uma política monetária mais restritiva, aponta a XP Investimentos. “O Copom defendeu que o início do ciclo deveria ser gradual, mas deixou as portas abertas para acelerar o ritmo de aperto que se avizinha, se necessário”, menciona em relatório.
A XP acredita que a ata é consistente com o seu cenário de aceleração nas elevações das taxas para 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões. Na taxa Selic terminal, a consultoria mantém projeção de 12,00%, reconhecendo um viés de alta considerando as expectativas de inflação do Copom.
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Também para Marcos Moreira, da WMS Capital, ata do Copom reforça o tom duro do comunicado da semana passada. Do lado macroeconômico, avalia, o colegiado trouxe a percepção de que tem espaço para voltar a elevar o juro básico de forma gradual, reforçando preocupação com o cumprimento com as metas de inflação. “Esperamos mais duas altas de 0,50 ponto porcentual, com a Selic fechando em 11,75% em 2024. Depois, aguardamos uma elevação de 0,25 ponto no início de 2025. Assim, finalizaria o ciclo em 12%”, estima.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
* Com informações do Broadcast