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Mercado financeiro hoje: ata do Copom e mais 3 assuntos para ficar no radar do investidor nesta terça-feira

O documento do BC trouxe mais detalhes sobre a elevação da Selic. Veja todos os destaques da agenda hoje

Mercado financeiro hoje: ata do Copom e mais 3 assuntos para ficar no radar do investidor nesta terça-feira
Painel do Ibovespa (Foto: Werther Santana/Estadão)

A agenda econômica desta terça-feira (24) concentra atenções na divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). A fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), em evento do J.Safra nesta manhã também será monitorada no mercado financeiro hoje. Nos Estados Unidos, as atenções se voltam para o índice de confiança do consumidor e o discurso de Michelle Bowman, diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Ainda na agenda hoje, no cenário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com representantes da Fitch Ratings.

O Tesouro Nacional realiza leilões de venda de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e de Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros). O órgão informou que o leilão tradicional de pós-fixados não sofrerá impacto da greve de servidores, que paralisará agendamentos de compra da plataforma do Tesouro Direto.

Confira os 4 destaques do mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

Os mercados de ações e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) estão em alta após o anúncio de um robusto pacote de estímulos econômicos da China, o mais agressivo desde a pandemia. Essa iniciativa acalmou temporariamente os temores sobre a economia da zona do euro, que contraiu novamente este mês, conforme dados preliminares dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs).

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O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs, que caiu mais do que o esperado em setembro, foi ignorado pelos mercados. Assim, as bolsas europeias sobem após estímulos na China, com mineração e bens de luxo em destaque.

Nos EUA, investidores aguardam dados sobre a confiança do consumidor e comentários de Michelle Bowman, além de dados do Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) ao longo da semana.

Ata do Copom

O foco dos investidores está na ata do Copom nesta terça-feira, após a elevação da taxa Selic de 10,50% para 10,75% e um tom mais duro no comunicado da última reunião.

No documento divulgado esta manhã pelo BC, o Comitê repetiu que os próximos ajustes na Selic e a magnitude total do ciclo de aumento dos juros serão determinados pela convergência da inflação à meta, assim como já constava no comunicado da última quarta-feira (18).

O Copom dividiu em três “dimensões” a dinâmica como se deu a discussão sobre a condução da política monetária, que levou à alta da Selic na semana passada. “Em primeiro lugar, o Comitê avaliou que o cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, explicou no documento.

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Em segundo lugar, o Comitê relatou que julgou que o início do ciclo deveria ser gradual de forma a, por um lado, se beneficiar do acompanhamento diligente dos dados, ainda mais em contexto de incertezas, tanto nos cenários externo como doméstico, mas, por outro lado, permitir que os mecanismos de transmissão da política monetária que possibilitarão a convergência da inflação à meta já comecem a atuar.

Por fim, o Comitê informou que debateu o ritmo e a magnitude do ajuste da taxa de juros, bem como sua comunicação. “Em virtude das incertezas envolvidas, o Comitê preferiu uma comunicação que reforça a importância do acompanhamento dos cenários ao longo do tempo, sem conferir indicação futura de seus próximos passos, insistindo, entretanto, no seu firme compromisso de convergência da inflação à meta”, trouxe o documento.

Commodities

As commodities também trazem alento ao mercado hoje, com a alta de 4,64% do minério de ferro, em Dalian, na China, e o avanço superior a 2% do petróleo em meio às tensões no Oriente Médio e ameaças de furacões nos EUA e no México.

Esse movimento provoca uma valorização dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).

Mercado financeiro

O Ibovespa deve abrir em alta, conforme indicado pelo EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil em Wall Street, após a China anunciar seus estímulos econômicos.

No entanto, os ganhos do Ibovespa podem ser moderados no mercado financeiro hoje pela cautela no pré-mercado em Nova York e pelas preocupações com as questões fiscais e o cenário de juros no Brasil.

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* Com informações do Broadcast