O Ibovespa hoje mantém o otimismo registrado na abertura dos negócios desta quarta-feira (31), dia de decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Às 13h06 (de Brasília), o índice subia 0,97%, aos 127.357 pontos.
Leia também
O primeiro a anunciar decisão de política monetária nesta Super Quarta foi o Banco do Japão, que aumentou o juro para 0,25% ao ano. Agora, os investidores do Índice Bovespa hoje aguardam o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom), no início da noite, que deve deixar a Selic em 10,50% ao ano.
A economista-chefe da B.Side, Helena Veronese, espera um tom um pouco mais duro do comunicado do Copom nesta quarta-feira, em meio a recentes avanços das expectativas de inflação e desvalorização cambial, bem como de aumento das incertezas fiscais. Porém, não espera que haverá sinal de aumento da Selic.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Fica difícil o Copom indicar alta dos juros à frente com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começando a cortar em setembro, como mostram as apostas, apesar da piora do cenário do Brasil”, afirma.
De acordo com a LCA Consultores, o comunicado do Comitê desta quarta-feira deve reconhecer que os riscos para o cenário inflacionário continuaram a se elevar, mas sem indicar aumento da taxa Selic. Segundo a consultoria, o Copom admitirá essa piora apesar dos esforços do governo para reduzir as incertezas quanto à condução da política fiscal.
“Reiterará que se mantém ‘vigilante’; mas, em nossa avaliação, evitará, por ora, indicações de que poderá tornar a elevar a taxa básica Selic”, estima a LCA.
Antes do Copom, o Federal Reserve tende a deixar seus juros no nível atual, com as atenções voltando para o comunicado, dado o crescimento das apostas de corte das taxas básicas em setembro nos Estados Unidos. A decisão sairá às 15 horas, seguida de entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell.
Publicidade
No Ibovespa hoje, dados de emprego e de atividade dos Estados Unidos informados nesta quarta-feira sustentam a visão de que o banco central do país pode começar a reduzir as taxas básicas em setembro.
*Com informações do Broadcast
