Na agenda econômica hoje, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participa da abertura oficial da pré-COP (Conferência das Nações Unidas). O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, participa de evento de BCs dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa.
Nos próximos dias, estão programados os dados de agosto do volume de serviços na terça-feira (14); vendas no varejo na quarta-feira; Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) na quinta-feira (16); e Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de outubro, na sexta (17).
No exterior, a cúpula pela paz em Gaza, presidida pelo presidente americano Donald Trump e pelo líder egípcio Abdel Fattah al-Sisi, no Egito, ganha as atenções globais nesta segunda-feira.
Nos Estados Unidos, o feriado do Dia de Colombo mantém apenas o mercado de Treasuries (títulos da dívida estadunidense) fechado hoje, enquanto a safra de balanços do terceiro trimestre estreia amanhã com bancos como JPMorgan, Citi e Wells Fargo.
As Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial ao longo da semana e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, nesta terça-feira, devem movimentar os mercados internacionais.
Na quarta-feira (15), o Federal Reserve publica o Livro Bege (relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos); e na China saem os dados de inflação de setembro na terça.
Ibovespa hoje: os principais assuntos para você acompanhar nesta segunda (13)
Bolsas globais mostram direções opostas com recuo de Trump sobre a China
As bolsas asiáticas caíram hoje, mas os futuros de Nova York operam em alta, em uma recuperação após as fortes perdas de sexta-feira (10), quando o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de 100% sobre produtos chineses em retaliação ao que ele considerou como endurecimento por Pequim das regras para exportação de terras raras.
Pequim respondeu que adotará medidas de retaliação, mas pediu diálogo, enquanto Trump suavizou o discurso e afirmou que “tudo ficará bem”.
As bolsas europeias também se beneficiam com a trégua no tom entre as duas maiores potências econômicas mundiais. O dólar hoje sobe frente a outras moedas desenvolvidas.
Boletim Focus reduz projeção do IPCA em 2025
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (13), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,80% para 4,72%. A taxa está 0,22 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 4,83%. Considerando apenas as 67 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,80% para 4,70%.
Já para os juros brasileiros, a mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 16ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.
Commodities hoje: petróleo e minério avançam
O petróleo ganha mais de 1,5%, à espera do relatório mensal da Opep sobre o mercado da commodity e revertendo parte do tombo de cerca de 4% da sessão anterior, em meio a temores de nova escalada na guerra comercial global. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para novembro subia 1,85%, a US$ 59,99, enquanto o do Brent para dezembro avançava 1,64%, a US$ 63,76.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, registrou alta de 1,13% no contrato futuro para entrega em janeiro de 2026, cotado a 804,50 yuans, o equivalente a US$ 112,72 a tonelada.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 2,33% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 1,98%.
O que esperar do Ibovespa hoje
O alívio internacional, somado à valorização do petróleo e do minério de ferro na China, deve apoiar a melhora dos ativos locais, após a reação negativa na sexta-feira da Bolsa, do dólar e dos juros ao anúncio de tarifas dos EUA à China e à apreensão fiscal e política no Brasil.
Os investidores seguem no aguardo da definição das medidas de compensação fiscal após a derrubada da MP do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e também dos desdobramentos das negociações de tarifas entre o Brasil e os Estados Unidos.
O vice-presidente, ministro do Desenvolvimento e um dos principais articuladores pelo fim do tarifaço com os EUA, Geraldo Alckmin, disse estar otimista com a possibilidade de Trump aceitar o pedido do Brasil de suspender a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros, após a conversa telefônica entre os presidentes Lula e Trump na semana passada.
Na cena fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa amanhã de sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para discutir o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. A reunião, marcada para as 10h, será a primeira de quatro audiências públicas sobre o tema.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Silvana Rocha e Maria Regina Silva, do Broadcast