Notícias corporativas animam o Ibovespa, que ontem interrompeu uma série de cinco pregões seguidos de baixa, ao fechar em alta de 1,38% (113.623,98 pontos). Após abertura aos 113.626,63 pontos, o índice Bovespa subiu 1,42%, indo à máxima diária dos 115.237,54 pontos. Às 11h07, contudo, reduzia o ritmo de alta (1,38%), para 115.145,76 pontos.
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A desaceleração coincide com o arrefecimento das bolsas americanas, após a Comissão Europeia anunciar mecanismo temporário “para limitar preços excessivos de gás”, elevando temores com a inflação global.
Entretanto, prevalece o sinal de alta tanto aqui quanto lá fora, onde há reação a notícias do setor corporativo. Contudo, Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, pondera que é preciso avaliar alguns resultados corporativos do terceiro trimestre com parcimônia.
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“Os preços ativos caíram bastante e as pessoas podem pensar que já caíram o suficiente atraindo compradores”, diz, acrescentando que vê os números com cautela. A sensação, avalia, é que o “mercado está comemorando o passado, mas é importante avaliar o guidance indicação de desempenho futuro, principalmente em um contexto de incerteza em relação à economia americana e global de como ficarão os juros.” Nos Estados Unidos, hoje saíram os números dos Goldman Sachs e da Johnson & Johnson relativos ao período de julho a setembro de 2022, que agradaram aos investidores.
“Vemos esse movimento de alta, que começou na segunda ontem. Porém, isso não significa ser uma tendência”, pondera Olivares. Após o fechamento dos mercados, serão informados os resultados da United Airlines, Netflix e da América Móvil.
As bolsas europeias ampliam ganhos da véspera, ainda impulsionadas pela decisão do Reino Unido de reverter a maior parte de seu plano fiscal.
Além disso, a produção industrial norte-americana, subiu 0,4% em setembro, ante projeção de 0,1%, é monitorada, bem como declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), previstas para hoje.
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Internamente, o noticiário do setor empresarial também merece atenção, sobretudo os dados de produção da Vale do terceiro trimestre e a notícia de que o conselho de administração da Natura autorizou um estudo comparativo entre uma oferta pública inicial (IPO) da Aesop, marca e unidade de negócios de luxo e bem-estar da Natura &Co, e um spinoff (separação do grupo). As ações das respectivas empresas sobem entre 1,64% (Vale) e 16,71% (Natura).
A produção de minério de ferro da Vale atingiu 89,7 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2022, uma alta de 1,1% em relação a igual período do ano passado, refletindo o período seco no Sistema Norte e maiores compras de minério de terceiros e produção no Sistema Sul.
Porém, a fraqueza das commodities – o petróleo cai perto de 2% e o minério de ferro caiu 0,36% em Dalian (China) – limita os ganhos do Ibovespa, de certa forma. As ações da Petrobras tentam subir, mas sem muito fôlego.
Os investidores ainda seguem atentos aos preços dos combustíveis, dada a pressão sobre a Petrobras, que segue sendo questionada por deixar de alinhar os preços dos seus produtos aos do mercado internacional.
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Levantamento da ANP mostra que o preço médio da gasolina comum nas bombas subiu 1,4%, de R$ 4,79 para R$ 4,84 entre os dias 9 e 15 de outubro, segundo levantamento da ANP. A leve alta interrompe um ciclo de 15 semanas consecutivas de queda. Conforme a Abicom, a defasagem do preço do diesel subiu para 14% por falta de reajuste da Petrobras.
Às 11h18, o Ibovespa subia 1,18%, aos 114.965,42 pontos.