Recuos nos preços de grandes commodities garantiram um aprofundamento da deflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
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O IGP-10 passou de uma queda de 0,58% em abril para um recuo de 1,53% em maio. O índice acumula redução de 3,49% em 12 meses. Em maio de 2022, o IGP-10 foi de 0,10%, acumulando elevação de 12,13% em 12 meses.
“Nesta apuração, o IGP-10 registrou a maior deflação entre as taxas mensais e interanuais, desde setembro de 1993, quando iniciou a sua série histórica. O aprofundamento da deflação do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de queda de 0,96% em abril para uma redução de 2,25% em maio.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de alta de 0,51% em abril para aumento de 0,29% em maio, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja taxa saiu de 0,08% para -0,54%.
O grupo Bens Intermediários passou de -1,59% em abril para -1,08% em maio, puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa saiu de -1,14% para -0,49%.
O grupo Matérias-Primas Brutas passou de -1,62% em abril para -5,88% em maio, influenciado pelos itens: minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), milho em grão (de -2,61% para -12,48%) e soja em grão (de -7,63% para -10,41%). Na direção oposta, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: leite in natura (de 1,70% para 3,87%), café em grão (de -3,28% para -0,07%) e cana-de-açúcar (de 0,08% para 0,46%).
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