A inflação continuou a subir nas maiores economias da Europa neste mês, ao mesmo tempo em que o crescimento foi atingido, deixando as famílias mais pobres conforme pagam a conta pelos custos de energia crescentes após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
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O aumento dos preços atingiu máximas de várias décadas na Itália, França, Alemanha e Espanha em março, intensificando um dilema de política monetária para o Banco Central Europeu, que precisa combater a alta dos preços mas também deve evitar sufocar o crescimento já em declínio.
A inflação na Itália atingiu 7%, enquanto os preços na França subiram 5,1%, impulsionados pela elevação do combustível e do gás natural, que normalmente afetam mais as famílias mais pobres do que outras.
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Os dados, juntamente com as leituras altíssimas da Alemanha e da Espanha no dia anterior, sugerem que a inflação da zona do euro a ser divulgada na sexta-feira ficará bem acima de 7%, superando as expectativas e bem acima da meta de 2% do BCE.
Embora a maior parte do aumento se deva aos preços da energia, o mercado de trabalho da Europa também é o mais apertado em décadas, sugerindo que as pressões subjacentes sobre os preços também estão começando a aumentar e que os salários seguirão mais cedo ou mais tarde.
O desemprego na zona do euro caiu para um recorde de baixa de 6,8% em fevereiro, mostraram dados separados nesta quinta-feira, e uma nova queda é projetada pelo BCE.
“Dado que o aumento da inflação é quase exclusivamente impulsionado pelo lado da oferta, quanto maior a inflação, mais fraco será o crescimento econômico”, disseram analistas do ABN Amro em nota aos clientes.
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“De fato, o crescimento econômico provavelmente decepcionará as projeções do BCE”, acrescentaram. “O BCE provavelmente equilibrará essas forças apertando modestamente a política monetária.”