O IRB Re (IRBR3) registrou lucro líquido total de R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 142,8% frente ao lucro de R$ 47,7 milhões apurado no mesmo período de 2023. O resultado, divulgado na noite desta terça-feira (12), considera R$ 82,6 milhões de lucro recorrente e R$ 33,4 milhões não recorrentes, referentes à venda de um terreno no Rio de Janeiro.
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De janeiro a setembro, o lucro líquido somou R$ 260,2 milhões, representando mais que o dobro do resultado total verificado em 2023, que foi de R$ 114,2 milhões.
De acordo com Marcos Falcão, CEO do IRB Re, o lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição, assim como pela redução da sinistralidade e do índice combinado. “A evolução contínua dos nossos números mostra que o processo de turnaround (reestruturação) da companhia está consolidado e termina ainda em 2024. Além disso, evidencia a capacidade de entregar um resultado operacional sustentável, com rentabilidade”, afirma em nota.
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O resultado de subscrição totalizou R$ 117,9 milhões no terceiro trimestre de 2024, superior aos R$ 10,8 milhões verificados no mesmo intervalo do ano passado. Considerando o número acumulado até setembro deste ano, o resultado de subscrição chega a R$ 274,1 milhões frente a R$ 49,9 milhões nos nove primeiro meses de 2023. Vale ressaltar que este resultado já contempla os sinistros referentes às enchentes do Rio Grande do Sul.
O prêmio emitido total – em linha com a estratégia de concentração de negócios no Brasil e de redução da participação no exterior – avançou 10,1%, no terceiro trimestre de 2024, na comparação anual, registrando R$ 2,2 bilhões. A participação de negócios firmados no Brasil alcançou 83% do portifólio no período.
Em relação ao volume, houve crescimento de 7,1% do prêmio emitido no Brasil na comparação com o terceiro trimestre de 2023, alcançando R$ 1,8 bilhão. Já o prêmio emitido no exterior, que representou 17% do portifólio, totalizou R$ 372,9 milhões de julho a setembro de 2024, alta de 27,1% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
“Continuamos a concentrar negócios no Brasil, pois este é um mercado que conhecemos profundamente e observamos nele a oportunidade de aumentar a nossa rentabilidade. O mercado brasileiro vem apresentando crescimento orgânico e de taxas. Nos nove primeiros meses de 2024, nosso prêmio no Brasil teve alta de 10%, ultrapassando os R$ 4 bilhões. Ao mesmo tempo em que reduzimos em 21% no exterior”, diz Daniel Volpe, diretor Técnico de Subscrição do IRB Re.
O índice de sinistralidade, no terceiro trimestre de 2024, foi de 67,9%, melhor em 6,1 pontos percentuais quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Analisando de janeiro a setembro de 2024, a sinistralidade totalizou 63,8%, com melhora de 11,4 pontos percentuais frente aos novos primeiros meses de 2023.
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“A redução da sinistralidade ocorre, principalmente, devido à queda do índice em Rural, Riscos Especiais e Patrimonial. Algumas carteiras tiveram sinistralidade acima do esperado, como Aviação, Responsabilidade e Transporte. No entanto, por serem linhas menos representativas, não mudaram a tendência de redução da sinistralidade da companhia”, explica Volpe, acrescentando que o impacto da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul foi de R$ 5 milhões no terceiro trimestre de 2024.
O índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas –, por sua vez, passou de 110,2%, no terceiro trimestre de 2023, para 102,1%, no mesmo intervalo de 2024.
O resultado financeiro e patrimonial totalizou R$ 196,4 milhões, alta anual de 7,4%. No acumulado do ano, alcançou R$ 504 milhões, 19% maior do que o número observado nos nove primeiros meses de 2023. Vale destacar que o aumento foi influenciado pela venda do terreno no Rio de Janeiro, que beneficiou o resultado patrimonial em R$ 37 milhões.
“Encerramos o terceiro trimestre de 2024 com R$ 8,5 bilhões em ativos financeiros, em linha com o reportado no terceiro trimestre de 2023. A alocação destes recursos pode ser dividida em 61% de ativos no Brasil e 39% no exterior”, informa ainda Paulo Valle, diretor-geral da IRB Asset, braço de investimentos do IRB Re.