O Itaú BBA atualizou suas previsões para a Sabesp e elevou o preço-alvo da empresa para incorporar os resultados do último trimestre, o reajuste tarifário, a redução de custos com o programa de demissão voluntária (PDV) e o cenário macro, tudo isso diante dos avanços para a privatização da empresa – que, segundo o banco de investimentos, tem 50% de chance de acontecer. O preço-alvo passou de R$ 74,9 para R$ 83,6 por ação, representando potencial valorização de 42% em relação ao último fechamento.
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De acordo com o Itaú BBA, a Sabesp tem apresentado, nos últimos anos, desempenho significativamente inferior ao seu Ebitda regulatório devido a uma “lacuna de ineficiência” que afeta tanto receitas quanto custos.
“Esperamos que essa lacuna diminua gradativamente, dados os últimos reajustes tarifários reais aprovados pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e as iniciativas anunciadas de redução de custos, como o recente programa de demissão voluntária (PDI)”, aponta o banco.
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Em relação ao processo de privatização, o Itaú BBA avalia que o Decreto 67.880, aliado à adesão da Prefeitura de São Paulo às Unidades Regionais de Saneamento Básico (URAEs), constitui um “marco revolucionário”. Isso porque simplifica as negociações do Governo do Estado, responsável pela Sabesp, com os municípios.
O decreto, assinado no último dia 16, estabelece um novo regulamento para a governança das URAEs. No mesmo dia da publicação, a cidade de São Paulo aderiu à Unidade. A adesão foi lida como um passo importante para a desestatização da Sabesp à medida que deve facilitar as tratativas entre o Estado e os municípios.
“Embora vejamos o tempo como o principal desafio aqui, uma vez que as próximas eleições municipais ocorrerão no segundo semestre de 2024, acreditamos que o Governador do Estado tem apoio político suficiente para avançar com esta agenda”, escreve o Itaú BBA em relatório, que é assinado por Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota, Matheus Botelho Marques e Victor Cunha.