O Itaú BBA alterou suas escolhas para o início de 2023, elevando Fleury (preço-alvo de R$ 19 mantido) e Odontoprev (preço-alvo de R$ 10,50 para R$ 11) de market perform (equivalente à neutro) para outperform (equivalente à compra). Ainda no lado positivo, Hapvida (preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 7), Oncoclínicas (preço-alvo de de R$ 13 para R$ 12) e MaterDei (preço-alvo de R$ 14 para R$ 11) seguem com recomendação de compra.
Já no lado cauteloso, Rede D’Or (preço-alvo de R$ 41 para R$ 32), Dasa (preço-alvo de R$ 52 para R$ 15) e eleva Kora Saúde (preço-alvo de R$ 5 para R$ 2) foram rebaixadas de compra para neutro. Qualicorp (preço-alvo de R$ 12 para R$ 7) teve a classificação neutra mantida.
O BBA está adotando uma abordagem mais cautelosa para o setor de saúde brasileiro porque, na visão do banco, parece provável que 2023 seja mais um ano de ajustes, em que as operadoras buscam retornar à lucratividade, o que deve continuar a pressionar toda a cadeia, especialmente os prestadores de serviço.
“A incerteza exige cautela”, afirmam os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio, reafirmando que posicionamento leva em consideração os ventos contrários que consideram estar impedindo o crescimento e a rentabilidade das empresas do setor, a probabilidade de que os custos de capital dessas empresas permaneçam altos por mais tempo do que anteriormente esperado, e a suposição de que os investidores se tornaram mais cautelosos com ações de “alta duração e múltiplos altos”.
“Assim, agora estamos procurando ações com múltiplos mais baratos, baixas alavancagem financeira e pouco risco de revisão das estimativas de rentabilidade – ou seja, ações às quais não temos que dar muito benefício da dúvida para assumir que eles vão entregar no curto prazo expectativas de ganhos”, explicam os analistas.