O Itaú BBA avaliou que, no segundo trimestre de 2025, a Pague Menos (PGMN3) obteve ganhos de eficiência operacional e maior geração de caixa. Com isso, a empresa tem fortalecido sua capacidade de reduzir a alavancagem e retomar um ritmo mais acelerado de expansão.
Para o analista do banco, Rodrigo Gastim, o desempenho superou as projeções “do topo à base” da demonstração financeira. O destaque foi para o crescimento de 18,1% nas vendas mesmas lojas (SSS), acima da estimativa de 16,5%, e para a margem bruta, que veio 0,3 ponto porcentual acima do esperado, mesmo diante de menor ganho com estoques e redução na participação da categoria de higiene e beleza (HPC) no mix de vendas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 244 milhões, alta de 38% na comparação anual, com expansão de 0,9 ponto porcentual na margem. Já a alavancagem, incluindo recebíveis descontados, recuou para 2,6 vezes, o menor patamar em doze meses.
Gastim ainda destacou que a produtividade das lojas maduras superou novamente o índice de reajuste de preços de medicamentos (CMED) e que a diferença de produtividade frente à principal concorrente, a RD Saúde (RADL3) [Raia Drogasil], caiu de 58% no segundo trimestre de 2024 para 40% agora.
Apesar da perda de participação da categoria HPC pelo sexto trimestre consecutivo, as melhorias operacionais e comerciais compensaram o impacto sobre as margens. Com retorno sobre o capital investido (ROIC) de 17,6% nos últimos 12 meses, a Pague Menos, segundo o profissional, reforça a expectativa de crescimento médio anual de 30% do lucro por ação entre 2025 e 2030.
O Itaú BBA manteve recomendação de compra para as ações e preço-alvo de R$ 5,10 ao fim de 2025, o que implica potencial de valorização de 30,8% em relação ao último fechamento.