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Itaú BBA muda preço-alvo do Nubank (ROXO34) e faz aposta sobre o lucro em 2024

A casa manteve a recomendação "outperform" para os papéis do banco

Itaú BBA muda preço-alvo do Nubank (ROXO34) e faz aposta sobre o lucro em 2024
Foto: Divulgação/Nubank

O lucro líquido do Nubank (ROXO34) deve mais que dobrar neste ano, com um crescimento ainda acelerado da carteira de crédito e também da margem financeira líquida. A visão é do Itaú BBA, que manteve a recomendação “outperform” (perspectiva de desempenho acima da média do mercado) para os papéis, mas elevou o preço-alvo de US$ 12 para US$ 13, 18,2% acima do fechamento da última quinta-feira (29).

O banco projeta que o resultado da fintech passará dos US$ 1 bilhão vistos em 2023 para US$ 2,2 bilhões em 2024, o que deve retroalimentar as iniciativas de crescimento que, à frente, acelerarão mais os resultados. As expectativas do BBA assumem um ciclo de crédito mais benigno no Brasil, que responde pela maior parte da operação do Nu. A fintech tem sinalizado ao mercado que trabalha com a perspectiva de um cenário similar ao de 2023.

“O Nubank assume que não haverá impactos cíclicos positivos, mas nós assumimos que haverá. Para 2024, esperamos que a carteira de crédito cresça 36% e a margem líquida pós custo de risco cresça 85%”, escreve o analista Pedro Leduc. Mesmo com os investimentos em crescimento, ele espera que a fintech ganhe 6 pontos porcentuais em eficiência na comparação com o ano passado.

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O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de mais de 20% permite ao Nubank financiar as novas iniciativas, de acordo com o BBA, em especial novos produtos e melhorias de experiência. Com isso, espera-se que a fidelidade dos clientes aumente, elevando a rentabilidade e também o conhecimento que a fintech tem sobre a base.

Leduc afirma que o aumento aparente em créditos de menor qualidade visto no quarto trimestre pode ser o resultado da atuação do Nubank no Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal. O banco digital participa da Faixa 1, em que os bancos “compram” dívidas renegociadas pelos clientes junto a outros agentes de mercado.

O analista diz que neste caso, essas renegociações são automaticamente contabilizadas no estágio mais arriscado de crédito, mas que a garantia dada pelo Tesouro em operações com clientes de menor renda reduz a necessidade de provisões.

O perfil das renegociações fora do Desenrola também é visto como positivo. “O Nubank parece renegociar antes dos pares. A intenção é de aumentar a satisfação dos clientes, a capacidade e a probabilidade de que paguem, aumentando a retenção e a margem líquida após o risco”, diz o BBA.