O Itaú BBA destaca que o guidance (projeção) da Ambev para 2024 veio mais fraco do que o esperado, enquanto o balanço do quarto trimestre de 2023 da companhia apresentou tendências mistas e o Ebitda de R$ 7,2 bilhões ficou 4% aquém da expectativa do banco.
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O guidance da Ambev de que o custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro para seu negócio de cervejas no Brasil deve diminuir entre 0,5% e 3,0% no ano de 2024 parece conservador e isso pode fazer com que o mercado financeiro venha a revisar a intensidade da recuperação da margem Ebitda à frente, segundo os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto, Daniel Sasson, e Larissa Pérez.
Do lado do balanço do quarto trimestre de 2023, as operações no Brasil corresponderam às expectativas, mas os segmentos internacionais ficaram aquém do esperado, com a maior parte da perda proveniente de efeitos cambiais pontuais relacionados à desvalorização do peso argentino. Contudo, a recuperação na divisão da América Central e Caribe (CAC) também ficou abaixo do esperado.
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Já entre os aspectos positivos, os destaques são o custo de transporte de hedge mais baixo no Brasil e as despesas fiscais consolidadas, fazendo com que o lucro por ação (LPA) tenha ficado apenas 2% abaixo do esperado pelo BBA.
O Itaú BBA, assim, reitera recomendação market perform (equivalente a neutra) para Ambev, com preço-alvo de R$ 15,00 representando um potencial de valorização de 11,5% sobre o fechamento de quarta-feira (28).